22 setembro 2006

Folclore europeu sem carros

Para os mais distraídos, hoje comemora-se mais um dia europeu sem carros.

Faremos o balanço e algumas considerações sobre este evento folclórico nos próximos dias...

3 comentários:

Anónimo disse...

A utilização do termo folclórico deveu-se ao facto de não querer repetir o termo palhaçada, pois já o usei e voltarei em breve a fazê-lo, a propósito da telenovela dos voos da CIA.
Mas poderia ter usado outros termos para qualificar o dia sem carros, como por exemplo, tristeza, incoerência, demagogia, circo, e outros tantos.
Mal tenha tempo para me sentar e escrever explicarei porquê...

Anónimo disse...

Não resisto a clarificar o seguinte: o «folclore» tem uma origem etimológica germânica, provindo da palavra «volk» que, em alemão, quer dizer «povo». Conhecerão seguramente o Volkswagen que, literalmente, mais não é do que o carro do povo...
Tecnicamente, o folclore é, portanto, um hábito do povo, que não me pareceu denegrido no post original. É que por estar tradicionalmente associado a danças do povo (do nosso e de outros), o folclore pretende exacerbar artisticamente aquilo que são os hábitos da população a que respeita, quer por meio dos fatos, quer dos timbres de vozes, quer da própria coreografia. Assim, acaba por redundar às vezes em exageros premeditados, de tal forma que podem aparecer como ridículos aos olhos de quem assiste. Nesse sentido me parece que vinha utilizada a expressão no post original.
Mas, já agora PBH: conhece alguma escola que dê aulas de vira? ou de corridinho, de pauliteiros, de bailinho da Madeira?! é que, contrariamente aos vizinhos espanhóis que vendem as suas danças como ginjas e a bom preço, em Portugal tem de aderir a um rancho para poder aprendê-las... se calhar por isso há maior propensão às escapadelas...

Anónimo disse...

desta vez, injustamente me acusa a mim de criticar o folclore, que considero (o nosso, como o dos outros) uma das manifestações mais evidentes do verdadeiro Portugal (e não da capital alfacinha ou da indústria tripeira, que servem normalmente de base para certas sondagens que critica). O que lhe tentava assinalar é que se as dondocas portuguesas preferem aprender sevilhanas ou flamenco em vez do vira ou do corridinho, isso não significa necessariamente vergonha do que é nacional, mas antes maior acessibilidade de ensino daquelas danças. é que acabou por não me responder se conhecia alguma escola de vira, mas se quiser posso indicar-lhe diversas de sevilhanas e de flamenco em plena Lisboa! (até do ventre, que é o folclore indiano e árabe...)