26 setembro 2006

Obrigado Prof. Carmona 1


Com pompa e sem circunstância, o nosso Engº/Prof. Mayor de Lisboa, determinou o encerramento ao trânsito da zona do Castelo. Depois de se ter espatifado na sua bicla de downhill, aquando da vinda desta prova internacional de ciclismo radical, o Prof. pediu ao seu braço armado, a EMEL, que instalasse nessa zona o célebre sistema de acesso por pino, que sobe e desce só para quem tem identificador. Assim os moradores da zona passaram a ter o exclusivo de acesso ao local e um lugar de estacionamento por habitação, enquanto que os “estrangeiros” só podem entrar para cargas e descargas ou 30 minutos de estacionamento. É um facto que os moradores daquela zona merecem todo o respeito e o direito a poderem estacionar a sua viatura com comodidade, mas o nosso sábio Prof., concerteza pelo voluntarismo de quem quer mostrar qualquer coisa além de buracos financeiros, esqueceu-se de alguns detalhes…

A ver,

Existem centenas de pessoas que trabalham nesta zona, gente que muitas vezes não escolheu este local para trabalhar porque essa foi uma decisão dos seus patrões.
Há também comerciantes que escolheram esta nobre zona para estabelecerem os seus negócios vai para muitos anos e serviços de várias espécies a que muitos recorrem, entre outros.
Julgo que o Prof. Poderia ter pensado um pouco mais nestas pessoas todas, nas suas vidas e nas suas dificuldades para conseguirem chegar todos os dias aos seus empregos.
Esta é mais uma medida cega, que ignora o bom senso e que revela a maior das insensibilidades pelos munícipes e não munícipes.
Teria sido mais justo e equilibrado condicionar a zona a estacionamento organizado e misto, porque os moradores saem de manhã e voltam ao final da tarde e quem lá trabalha vem de manhã e sai ao final da tarde. Ninguém incomodava os moradores, os comerciantes podiam continuar a ter os seus clientes, e a zona, amplamente conhecida pela sua insegurança, voltava a ter vida e gente.

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