15 novembro 2006

Livros da semana.


Esta semana o ex-Primeiro Ministro Pedro Santana Lopes fez editar o seu novo livro - Percepções e Realidade. Trata-se de um relato dos principais acontecimentos que conduziram à queda do seu governo em 2004, depois da decisão do então Presidente da República Jorge Sampaio, de dissolver a Assembleia da República.
Também esta semana é apresentada, na Universidade de Navarra em Pamplona, a tese de doutoramento do antigo Presidente da República Ramalho Eanes, com 1976 páginas - Sociedade civil e poder político em Portugal. A tese, escrita em forma de memórias políticas, faz um retrato dos 10 anos em que o General ocupou o Palácio de Belém.
Tratam-se de dois textos sobre a história recente da política portuguesa, necessáriamente muito diferentes quer no estilo quer no conteúdo, e que prometem trazer novas luzes sobre alguns assuntos polémicos que dominaram a vida política nacional.
Independentemente da qualidade dos textos, que ainda não li, é louvável que ambos saiam à luz do dia.
Em Portugal não existe a tradição das memórias políticas, assim como não há tradição na biografia e na autobiografia, política ou outra.
É sempre enriquecedor quando alguém que ocupou um lugar de destaque, como seja o lugar de PR ou de PM, deixe registado por escrito a sua experiência e a sua visão do país e dos assuntos públicos durante esse período.
A História agradece, e os cidadão também!

5 comentários:

Anónimo disse...

Me parece curioso que en Portugal "não existe a tradição das memórias políticas, assim como não há tradição na biografia e na autobiografia, política ou outra" considerando el hecho que los politicos en general nunca desperdician la oportunidad de alardear sobre los sucesos en los que estuvieron involucrados, mas aun si fueron polemicos, ya sea para eximirse de culpas o para vanagloriarse de sus decisiones.

Una duda personal, la tesis de doctorado del "antigo Presidente da República Ramalho Eanes, com 1976 páginas - Sociedade civil e poder político em Portugal. A tese, escrita em forma de memórias políticas, faz um retrato dos 10 anos em que o General ocupou o Palácio de Belém", ¿tiene de verdad 1976 paginas? ¿y como fue como gobernante? Lo pregunto porque Kissinger escribio sus memorias, y fue un ejercicio agotador leerlas. Al margen de la vision de historiador,¿hay constancia que puede aportar datos nuevos o una perspectiva diferente de la que mantuvo durante su gobierno?

Diogo Ribeiro Santos disse...

Marcela, o Gen. Eanes foi o expoente de uma fase de tutela dos militares sobre o poder político, para garantir que este seguiria o "espírito" da Revolução de 25 de Abril de 1974. Algo de semelhante à tutela dos militares turcos sobre a vida política para garantir o laicismo - deu asneira em ambos os casos. Contudo, considero o Gen. Eanes uma pessoa honesta e digna, que teve um papel importante na consolidação da democracia.
Quanto às memórias em forma de tese ou vice-versa, nada de entusiasmos! Adivinha-se um monumento ao tédio, condensado em 1976 páginas soporíferas e ndigestas...

Anónimo disse...

Já comprei! Em breve farei alguns comentários sobre esta leitura...

Anónimo disse...

A tia já leu essa grande meca do saber do quotidiano do nosso EX, porque sabe discriminadamente todos os porquês da "queda". De louvar, de liuvar não é o facto de a ter escrito mas sim não ter implicado a tia em nada! Isso é que deve ter sido uma ginástica CHENiense literária do nosso (da tia) querido EX (entre outras coisas super importantes...) PM. A tia só tem que dizer coisas boas dele porque afinal de contas, mesmo EX, continua a ter sido o Primeiro Môr da tia!
Mas a tia também o adora a si PBH, o menino sabe disso!

Anónimo disse...

Gracias DRS, no deja de ser curioso la palabra "militar" unida a "democracia" pero uds sabran de eso, ya estoy acostumbrandome a la forma rara de ver las cosas de los portugueses.
¿Como pueden leer esas casi dos mil paginas? ¿Estas publicadas? ¿o las descargan de la pagina de la universidad?