04 outubro 2006

Em comemoração do 5 de Outubro...


Em tempos tão conturbados como os que vivemos, onde a dúvida sobre as reais capacidades de um povo e de uma cultura sobreviver numa época em que a globalização coloca tão importantes desafios a cada um de nós individualmente e, consequentemente, a cada uma das Nações, não será talvez de menosprezar a recordação de que a vontade individual de cada um, e de todos em conjunto, é que ditam o destino e o progresso das Nações.
Parte da consciencialização de cada um de nós, das nossas acções, da nossa real participação e preocupação com a dimensão daquilo que é comum, o acto político, e , por essa via, a participação cívica e decisão enquanto cidadãos. Só com o envolvimento, a discussão e o contributo de cada um, as culturas sobrevivem e as democracias ganham forma.
Foi através de um acto individual de liderança, e com o apoio de uma importante parte da população, que o filho do Conde Henrique da Borgonha criou aquilo que é hoje uma Nação velha, de antigas fronteiras definidas, que durante séculos soube marcar o seu lugar no mundo, contribuindo de forma singular para o nascimento de inúmeras sociedades e culturas mestiças.
Esse legado, que nos cabe hoje conservar, é de uma riqueza notável e abre potencialidades imensas em domínios que não soubemos ainda explorar.
Que a consciencialização daquilo que somos, enquanto Estado e Nação, e o conhecimento daquilo que fomos, nos permita não ter medo dos desafios que se nos colocam à escala global.
Não ter medo é fundamental para Ser.
Foi sem medo que a 5 de Outubro de 1143, Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII assinaram a Paz de Zamora. Foi esse acto, de iniciativa individual, que deu origem a uma ideia. Dessa ideia nasceu um país e desse país uma cultura: Portugal!

3 comentários:

Anónimo disse...

Hubo una conferencia en el Instituto Ortega y Gasset dictada por un parlamentarista mexicano llamado Porfirio Muñoz Ledo el martes 3 de este mes. El 28 de septiembre, frente a la embajada de Mexico en España, hubo una manifestacion por los hechos que ocurren en Atenco, Oaxaca y Ciudad Juarez. Fue impactante el contraste entre ambas situaciones:la primera estaba atestada de mexicanos;la segunda la presencia mayoritaria de españoles. Y cuando comentabamos el asunto con un amigo mexicano, de la indiferencia de los mexicanos ante hechos sociales realmente graves, recordo lo que habiamos discutido sobre la democracia unas horas antes: el planteaba que la democracia debia ser voto de mayoria y elecciones. Le plantee que mi punto de vista era el mismo que el tuyo, PBH. Estuvimos un buen rato discutiendo nuestras posturas. Despues de la conferencia me dijo que ahora entendia a lo que me referia, y eso es lo que esta faltando en Mexico.
Ignoro la situacion politica en Portugal estos dias, para eso leo este blog, como un punto de base para informarme, pero en el caso de Mexico precisamente es la carencia de todo lo que apuntas lo qe esta llevando a ese pais a una de sus peores crisis sociales desde la Revolucion de 1917
No es solo Portugal quien tiene problemas graves de identidad nacional

Olindo Iglesias disse...

Claro que não! A Espanha que o diga. Parece que o problema de identidade nacional, ou de falta dela, é tão grande que a fragmentação avizinha-se para breve!

Anónimo disse...

Dfinitivamente cierto, muchos españoles se burlan del hecho que en ciertos medios se preocupen tanto por el segundo embarazo de Letizia cuando lo mas probable es que para entonces ni siquiera sea la misma España y tampoco ya tengan monarquia. Lo terrible en el caso de Mexico es que el estallido popular secesionista pueda derivar en una lucha armada por precisamente falta de un liderazgo claro y de adopcion de medidas drasticas para solucionar los gravisimos problemas sociales de ese pais.