Aquele que se auto-intitula o campeão da liberdade, da democracia e das lutas por estas causas (leia-se o Partido Comunista) voltou a fazer das suas. Desta vez na Marinha Grande.
Decidiu o PCP, no seu alto critério, que o Presidente da Câmara da Marinha Grande, por si eleito em Outubro de 2005, deveria retirar-se e dar lugar a outro camarada. E as razões invocadas são estas:
O afastamento de Barros Duarte é visto pelo PCP como uma «necessidade» para a realização de «um trabalho mais articulado, mais dinâmico e mais colectivo por parte dos vereadores da CDU para dar um novo impulso à gestão autárquica com vista à concretização dos objectivos programáticos e à resolução mais célere dos problemas da população». (in Lusa).
Depois de Setúbal, a Marinha Grande. E amanhã camaradas?
Mais uma vez o PCP revela uma total falta de respeito, não só pelos seus autarcas, mas sobretudo pelos eleitores. Pelos vistos a vontade de um pequeno comité central prevalece sobre uma escolha legítima e democrática.
O eleitorado faz o seu julgamento de 4 em 4 anos nas autárquicas, mas o PC faz o seu quando quer e bem lhe apetece. Foi Setúbal ao fim de um ano, foi a Marinha Grande ao fim de 2. Serão seguramente resquicios de uma veia justicialista que conheceu o seu auge nos tristes e célebres "julgamentos de Moscovo".
Tendo em conta este cenário, que pelos vistos se vai repetindo em autarquias ganhas pelo PC, que confiança poderão merecer os candidatos a Presidente de Câmara apresentados por este partido político em 2009? Nenhuma!
E mais, de que servirá elegê-los? Para nada!
1 comentário:
-Atenção que não é apenas o PCP que tem prácticas menos claras, outros menos suspeitos possuem declarações de renúncia ao mandato, previamente assinadas pelos então ainda candidatos, sem data, não vá ser necessário. Isto acaba quando se criarem circulos uninominais, e em autárquicas legalizarem uma situação que o povo já pratica, votar no cabeça de lista, a sua queda significa a queda da autarquia. Mas o PCP tem nova bizarria no parlamento e C.M.Santarém com Luisa Mesquita.
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