Uma das novidades de 2008 é a nova lei anti-tabaco que os nossos ilustres legisladores decidiram fazer aprovar.
Durante os últimos 200 anos a Europa e o Mundo cultivaram , promoveram e defenderam as virtudes do tabaco. Desde há uns anos a esta parte pensaram melhor e acharam que afinal o tabaco não era ssim tão virtuoso. Apesar de constituir uma significativa receita fiscal para os Estados, a tributação elevada do tabaco e dos seus derivados já não era suficiente para travar o consumo do mercado; o mesmo mercado que durante anos os mesmos Estados permitiram que se promovesse. Chegou-se ao momento então de cortar a direito e proibir o tabaco em todos os espaços públicos e de trabalho, isto é, quase todos os espaços à excepção da rua e da casa das pessoas.
Todos são dignos de respeito, inclusivé os não-fumadores, mas limitar desta maneira a possibilidade de as pessoas poderem fumar, parece-me francamente absurdo.
Creio que ninguém se opõe à existência de espaços para fumadores e não fumadores dentro dos denominados espaços públicos- restaurantes, cafés, discotecas etc...os fumadores são gente poderada, mas não os obriguem «a vir para a rua fumar...»Porque senão vejamos:
Algum ilustre legislador se preocupa com a minha saúde, protegendo-me dos escapes que tenho de engolir todos os dias que saio de casa? Dos escapes que tenho de respirar em casa cada vez que abro a janela? Os meus direitos de peão cada vez que quero andar na rua e tenho aos milhares de automóveis estacionados em cima dos passeios? Do ruído inacreditável que todos os dias sou obrigado a ouvir? Do lixo e das bostas de cão que minam as ruas da capital? Do lixo televisivo? Das babuseiras que os próprios legisladores me obrigam a ouvir? NÃO!
Logo, a única solução é optar conscientemente como cidadão entre aceitar ou não aceitar as regras absurdas que nos impõem. A perder ficam desde já os donos de estabelecimentos comerciais que sejam exclusivamente de não-fumadores, assim como os centros comerciais e afins. Os fumadores, como eu, deixaremos de ir jantar ou frequentar esses espaços.
É o mercado a funcionar.
Bem hajam!
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9 comentários:
Não, caro PBH, não é a lei que é absurda... o que é absurdo, é o seu texto! E esse sintoma começa logo a revelar-se no segundo parágrafo quando faz comparações da opinião que a sociedade actual tem sobre o tabaco face à opinião que tinha a sociedade de há dois séculos atrás, como se todos os progressos tecnologicos, sociais e médicos ao longo destes últimos 200 anos não significassem absolutamente nada nem fossem dignos de ser tidos em conta aquando de tal absurda comparação.
Mas o pior ainda estaria para vir quando redige um significativo número de perguntas, todas elas absurdas, procurando estabelecer comparações entre factos incomparáveis e revelando até uma total falta de conhecimento da legislação portuguesa.
Senão vejamos:
- pergunta o "ilustre" PBH se algum legislador se preocupa com a sua saúde protegendo-o dos escapes dos automóveis? Por acaso não conhece as leis que regulam os limites de emissão de CO2 nas cidades? Pois aconselho-o a conhecer!
- pergunta o "ilustre" PBH se algum legislador se preocupa com o incómodo que lhe causam os carros estacionados nos passeios? Por acaso não conhece as leis que proibem o estacionamento nos passeios e em muitas outras zonas das cidades e as multas que lhes estão associadas pelo incumprimento da lei? Pois aconselho-o a conhecer!
- pergunta o "ilustre" PBH se algum legislador se preocupa com o ruído que tem de ouvir todos os dias? Por acaso não conhece o Regulamento Geral do Ruído? Pois aconselho-o a conhecer!
- pergunta o "ilustre" PBH se algum legislador se preocupa com o lixo televisivo? E alguém o obriga a ver televisão?
E por aí fora... as leis existem caro PBH, por isso não culpe os legisladores... culpe antes aqueles a que chama "gente ponderada" que são precisamente os imcumpridores.
Esta lei anti-tabaco, vindo no seguimento do que se está a fazer em diversos outros paises do mundo civilizado, é mais um acto de coragem deste governo que decide, contra ventos e marés, tomar uma posição dificil para muita gente mas justa para a saúde de todos os portugueses.
E se, por mera excepção, o caro PBH, enquanto fumador, se considera um dos ponderados, pois então esta lei já nada o incomoda... porque enquando fumador ponderado o caro PBH já não fumava em restaurantes em que estivessem pessoas a comer ao seu lado; já não fumava em centros comerciais em que estivesse a ver montras com outras pessoas ao lado;já não fumava no escritório em que estivesse um colega a trabalhar na secretária ao lado... porque como fumador ponderado, partiria do principio que poderia incomodar essas pessoas e portanto não o faria... é assim ou estou muito enganado???
Para terminar em grande, o mais absurdo de tudo, é a conclusão que o PBH tira: em vez de ponderar deixar de fumar (coisa que só lhe fazia bem à saúde e à semelhança do acontece nos países em que esta lei entra em vigor e se verifica, por consequência, uma diminuição elevada do número de fumadores), a sua ponderação vai para a possibilidade de deixar de frequentar sitios onde não se pode fumar... sem mais comentários...
Bendita (ou se preferir bem-dita) LEI ANTI-TABACO!!!
Caro anónimo.
Infelizmente uma das minhas resoluções de Ano Novo é deixar de responder aos seus comentários.
Contudo, se uma das suas resoluções de Ano Novo for a de apenas dar-nos a conhecer os seus comentários de forma ponderada, considero voltar atrás na minha resolução.
Nota: Esta resolução não tem relação directa com o seu comentário a este post!
Esclareço desde já que fui eu que apaguei alguns dos comentários.
Peço-vos bom senso e ponderação.
Pois... tarde demais... Como quem está mal muda-se, e blogs interessantes é o que nao falta por aí, eu mudo-me! E acabam-se as chatisses, que eu nao estou para aturar isto!
"Até Amanhã, Camaradas!"
É o bom da blogosfera...
Seguramente não faltarão bloguistas com paciência para o aturar. A si e às suas impertinências.
Boa viagem!
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