11 junho 2007

Afinal havia outra...



Afinal havia outra localização possivel e exequível para a construção do novo Aeroporto de Lisboa. A CIP prestou um bom serviço ao País e foi entregar em mão ao Chefe de Estado um estudo, encomendado pela própria CIP e que tem a colaboração de uma dezena de professores universitários. A resposta do governo foi imediata e fez-se através de uma pausa ao lançamento do concurso internacional para a OTA. Menos mal. Afinal a decisão não estava tomada irremediávelmente. Mais vale tarde que nunca!
Estranho é que nunca Alcochete tivesse sido equacionado ou estudado como uma alternativa à Portela por nenhum governo. Estranho porque afinal as suas condições geográficas são as melhores, os terrenos são do Estado, está mais perto de Lisboa que qualquer uma das outras localizações apontadas, tem acessos recentes, sem necessidade de grandes alterações (A12, A13, Ponte Vasco da Gama). É verdade que a sua proximidade com os estuários do Tejo e do Sado pode criar algum tipo de constrangimento ambiental, mas segundo o estudo da CIP nenhum deles é irremediável.
A CIP fez bem o trabalho de casa e propôs não uma, mas sim seis alternativas possiveis na mesma região de Alcochete.
Esperemos a decisão política e a análise técnica, com rigor e isenção, a bem do interesse nacional !

2 comentários:

André SD disse...

Quero aproveitar esta oportunidade para saudar o contributo da CIP para este debate. Discute-se o assunto há várias décadas mas pelos vistos ainda há questões a esclarecer e o assunto não está, de forma nenhuma, encerrado.
O centro do debate, e aí concordo com a opinião sensata de Augusto Mateus (por esse facto nem parece ter sido ministro do governo de Guterres...), deve ser qual o modelo de aeroporto que é necessário e que melhor serve o desenvolvimento do país e só depois proceder-se à selecção da localização segundo os critérios e requisitos desse mesmo modelo. Vamos ver o que resulta deste aprofundamento do debate que o governo vem agora reconhecer como necessário, tanto quanto se sabe terá sido importante uma pressãozita dos lados de Belém. Do "jamais" na margem sul vem agora um ponderado e ponderável "peut-être" em relação a Alcochete! Mas é preciso resolver primeiro a questão do modelo e do tipo de desenvolvimento mais útil ao país.

Olindo Iglesias disse...

Mas o problema está precisamente em os terrenos de Alcochete serem do Estado. Como não há direito a expropriações, ou seja, a enriquecimento rápido, Alcochete perde logo parte do seu interesse!