Em tempos prometi a um leitor deste Blog que escreveria um "Post" sobre aquilo que eu considerava ser a "blindagem deste governo". A ocasião do recente escândalo que envolve o nome do Primeiro-ministro José Sócrates e a Universidade Independente afigurou-se-me a ocasião ideal para o escrever.
Quando utilizei o termo «blindagem» referia-me ao facto de a comunicação social portuguesa de uma forma geral ignorar desde há dois anos a esta parte inúmeras polémicas, indecisões, más decisões, conflitos e más práticas governativas que o actual governo protagonizou. Sabemos todos que a prática política, nomeadamente a governativa, tem normalmente uma relação tensa com a imprensa. É natural, que uma vez ganhas as eleições por um qualquer partido, por maior que seja a sua representatividade, a comunicação social, e o país em geral, passem a focar a sua atenção nos novos ocupantes dos cargos governativos e nas suas políticas. É natural e é normal que assim suceda.
Se nos primeiros tempos isso acontece menos também é natural, vive-se aquilo a que se considerou designar «período de graça».. O que desde há uns bons meses a esta parte me começou a preocupar é que o «estado de graça» se mantinha indefinidamente. Dirão os meus amigos socialistas que isso se deve ao simples facto de o governo estar a governar bem e não haver por isso razões para polémicas nem desagravos.
Acontece porém, que na atenção que vou dispensando ao país e à política não encontro razão para a manutenção desse status quo.
Todos os governos têm ministros mais competentes que outros. Mais simpáticos, mais visiveis, mais polémicos, e isso é o normal em democracia. Mas este governo, estranhamente, parece ter apenas ministros de excelência, mesmo que se chamem Mariano Gago, Correia de Campos, Maria da Lurdes Rodrigues, Isabel Pires de Lima ou Manuel Pinho.
Depois de muito pensar no assunto penso ter descoberto a razão. A razão é simples e clara curiosamente. O governo liderado por José Sócrates conseguiu a proeza que inúmeros governos antes de si nunca tinham conseguido, criar e fazer funcionar uma agência de comunicação e informação do governo. Significa isto, que através de um muito profissional trabalho junto da comunicação social, o governo foi conseguindo manobrar a seu favor um conjunto muito significativo de informações. À primeira vista parece estranho e até dificil de se conceber que a comunicação social se sujeitasse a tais investidas, afinal a derrocada do governo de Santana Lopes, para aqueles que anda se recordam dos factos, começou precisamente quando o governo de então sugeriu a criação de uma central de comunicação. Caíu o Carmo e a Trindade, e o Marcelo também! Era a censura que aí vinha, era a manipulação, era o abuso de poder, era a afronta maior à democracia. Pois foi! Foi tanto que o governo caíu. O Governo novo, contudo, não perdeu tempo e recuperou o projecto e fê-lo de forma tão profissional que sobre a matéria não se escreveu uma linha.
Não se escreveu até à semana passada! De repente uma derrocada impossível de conter abate-se sobre a figura do próprio Primeiro-ministro. Algo falhou na comunicação. Os jornais não falam de outra coisa senão na hipotética equivalência ao grau de licenciatura feita por José Sócrates na Universidade Independente. A história vem a palco em pleno processo de encerramento compulsivo da UI decretada pelo Ministério da Ciência de Mariano Gago. Os jornalistas incomodam-se, os directores de jornais dizem que não sabiam de nada e a história, pouco a pouco vai saindo cá para fora. Afinal toda a gente sabia!
O jornal Expresso diz que já tinha conhecimento da história há um mês, mas foi o Público que lançou a manchete obrigando o Expresso na semana seguinte a fazer mesmo. No dia da noticia RTP e TVI nem sequer abordam o assunto, excepção feita à SIC , mas a notícia que se queria discreta deixa de o ser e la nave va...
Se dúvidas houvesse o Expreso desta semana acabou com elas. O Primeiro-ministro falou seis vezes directamente ao jornalista do Público que escreve o artigo, os documentos vistos pelo Expresso estão guardados na posse do Reitor da UI Luis Arouca que entretanto é demitido. A UI recebe um ultimatum para nomear novo Conselho Directivo sob pena de encerrar compulsivamente, os assessores do gabinete do PM desfazem-se em comunicados e la nave va...
De uma penada ficamos a saber que o PM fala directamente e por telefone aos jornalistas e que alguns directores de jornais, que consideravam a história sem interesse, de repente fazem dela manchete!
O artigo vai longo e seguramente terá continuidade. Serve este artigo de introdução ao tema da "Blindagem" que por este andar está a perder o aço.
15 comentários:
Caro PBH,
Esperei pacientemente pelo seu post que afinal é só uma introdução ao post que um dia há-de vir... em todo o caso a expectativa confirma-se: ainda e sempre a amargura, a frustração, a revolta pela demissão, por incompetência, do Sr. Santana Lopes. Parece-me que já vai sendo tempo de começar(em) a ultrapassar isso... aceite-o como uma sugestão.
Depois, o seu post é preenchido por "inúmeras polémicas, indecisões, más decisões, conflitos e más práticas governativas que o actual governo protagonizou" só que esqueceu-se. o caro PBH, de concretizá-las... fui levado a pensar que, talvez por mera confusão temporal ou por qualquer outro desejo menos confessável, julgou estar ainda no tempo do governo do Sr. Santana Lopes... mas olhe, recordo-lhe que esse foi demitido há mais de dois anos, por incompetência comprovada em apenas 4 meses de mandato!
E quanto à sua descoberta que atingiu, como refere, depois de muito pensar, embora fosse tão "simples e clara" deixe-me perguntar-lhe o seguinte: a si, pessoalmente e como português, incomoda-o que o dossier da licenciatura do actual primeiro ministro (e estou a referir-me ao Sr. José Sócrates, não se equivoque) apresente falhas ou imprecisões ou o que quer que lhe queiram chamar? Parece-lhe motivo válido para tamanha confusão e alargada discussão ante os problemas que o país e o mundo atravessam?
E por fim o desafio: explica a "blindagem" deste governo por parte da comunicação social com um suposto controle, por parte do primeiro sobre a segunda. E como explica a "blindagem" do mesmo governo por parte da oposição? Pois olhe, eu dou-lhe uma ajuda: depois de pensar uns segundos no assunto penso ter descoberto a razão... "a razão é simples e clara curiosamente"... a instabilidade e fraqueza da oposição não são capazes de enfrentar um governo que assumida e notoriamente está no rumo certo, toma as decisões de fundo necessárias e acertadas e cujos resultados extraordinariamente positivos estão à vista de todos. Quando assim é, não há nada a fazer senão aceitar e aplaudir... bom, pode-se sempre recorrer a manobras de distração mas nem para isso esta oposição tem força... tão moribunda que está.
Não é "blindagem" caro PBH.
É COMPETÊNCIA!
Este RM não existe! Mas esteja descansado não vou limitar-me a comentar o seu comentário RM.
Nem de propósito, ainda outro dia comentava com uma amiga que este 1º ministro (o lic. em engenharia Sócrates claro!) está há mais de dois anos à frente do actual governo português e ainda não deu uma única entrevista de fundo sobre as vária áreas da governação. Como é possível numa sociedade democrática e na era da informação?? Tem algo a esconder, quer resguardar-se de quem e de quê? Bem, uma resposta bem possível é que a 1ª maioria absoluta do PS não terá sido por mérito próprio mas antes fruto das circunstâncias e de um empurrãozinho(zão)do camarada Sampaio.
Não houve lugar para remodelações ministeriais (excepto o já esquecido Campos e Cunha e o actual comissário das "7 Maravilhas" Freitas do Amaral)quando em pastas como a economia, cultura, saúde e talvez educação, para mencionar só aquelas que saltam mais à vista desarmada, se sucedem as más medidas ou falta delas. As trapalhadas da acção política, ou ausência dela em certos casos, aqui já não são trapalhadas. São episódios de pouca relevância que rapidamente são esquecidos, aparentemente por todos. A popularidade do 1º ministro é sempre superior à do conjunto do governo. Este governo é ou não é uma equipa? Parece que não, resume-se a uma palavra e essa é Sócrates. E bem blindado. Até à prova de bomba atómica...
Mas se o estado de graça no início é natural e até desejável, quando ele é mantido artificialmente e por manipulação, de uma forma ou de outra, de uma série de órgãos de comunicação social ele há-de acabar. Ajudará, e muito certamente, uma oposição política mais activa e eficaz em relação à acção governativa. Ela virá, não poderá tardar muito mais, mais virá...
Disculpa PBH, la verdad es que no iba a decir nada sobre este tema, porque pense que no tenia ninguna razon para opinar (y sigo sin tenerla realmente) y la verdad es que es un fastidio tenerme a cada rato hablando de todo. Pero me sorprendio el paralelismo de la situacion que indicas con la actual crisis institucional chilena. En estos momentos, Chile vive uno de sus peores momentos políticos precisamente porque sus dirigentes falsearon informacion en su curriculum, con la complicidad de los cabezas de partido. Ponian "Economista" cuando en realidad habían hecho un curso de 2 semanas de como trabajar en Excel, o "Abogado" cuando apenas habían terminado la secundaria. Varios aprobaron de manera "express" como decimos en Chile incluso la primaria. ¿Que nadie lo sabia? Claro que lo sabíamos. Todo el caso de la corrupcion de las becas del Conicyt es demasiado conocido por los que estudiamos. Pero nunca las denuncias fueron acogidas, hasta ahora que le convenia a unos partidos políticos denunciar.En Chile sí existe un blindaje periodistico, a pesar de la ineptitud de los voceros del gobierno de turno. Una vez creo que te lo comente. Ningun chileno en su sano juicio cree una palabra de los diarios. Escuchamos la radio, que es más veraz. De hecho, ahora hay menos pluralismo informativo que en los tiempos de Pinochet. Pero ya es tarde, porque la corrupcion que esta actitud indica es la punta de un iceberg. Ahora nos aterra pensar qué hay debajo, porque luchamos por tener democracia y nuestros políticos nos devuelven con esta traición. Si a RM le parece un tema menor, es porque tal vez no considera que quienes deben ocupar los cargos de dirigir el país deben ser capaces, no simpaticos. Por eso cuando lei que eso pasaba en Portugal, y nada menos que con un Primer Ministro... pues no habla muy bien de nuestras "democracias" ¿verdad? Ni de nuestros (mas bien de tus) partidos (yo soy apartidista).
Por eso, meu caro, existen blog como este. El blindaje que mencionas no es irrompible si existen personas que lo denuncian. Y mientras más lo demuestres, menos blindaje existirá. Pero eso significa que debes asumir que de lo que hablas se llama Corrupcion. Esa palabra es la que te falto poner
Já cá faltava... caro ASD,
Essa oposição por que anseia qual é? A do "retornado" Sr. Paulo Portas que chegou, em apoteótica encenação, para resuscitar o partido que ele próprio enterrou? Ou a do seu tão desejado Dom Duarte por quem o ASD suspira em fôlegos ténues e vãos? É que eu continuo sem perceber, afinal, que rumo político deseja para este país, o caro cidadão ASD!
Depois repete no seu post os sintomas pós-frustração (mantenho para si a sugestão que fiz a PBH) e, de igual forma, acusa mas não concretiza. Refiro-me, como já deve ter percebido, às tais "más medidas ou falta delas" que "saltam à vista desarmada" mas que parece que aqui ninguém as consegue identificar. Deixe(m)-se de falar no vazio duma vez por todas e liste essas medidas, aqui mesmo, uma a uma, para que possamos debatê-las e discutir quão más ou ausentes elas são! É que... "quem diz o que não sabe, não sabe o que diz!"
Cara Marcela,
De facto já várias vezes me interroguei porque comenta TODOS os post deste blog quando tantas vezes a própria assume que não tem razão, nem provavelmente conhecimento, para o fazer. Mas como insiste em fazê-lo, neste caso, não posso deixar de lhe dizer que me parece que o seu comentário não tem qualquer espécie de sentido. Simplesmente porque, como desconhece o caso em questão, faz uma comparação com algo que se passa num outro país, com outro tipo de políticos e políticas que em NADA, repito, em NADA, tem a ver com o que se passa em Portugal. Portugal não atravessa nenhuma crise institucional nem este episódio a desencadeará! O Primeiro Ministro de Portugal não falseou nenhum currículo! E vir, de onde quer que venha, acusar um primeiro ministro ou um governo de corrupção baseada não se sabe em quê parece-me no mínimo absurdo!
RM,
Só não percebe por que não quer perceber ou não lhe dá jeito...
RM,
Poderemos até debater as ditas medidas mal concebidas ou as que estão em falta, mas só depois do meu caro RM identificar, com detalhe, listando as falhas do governo anterior que justificassem a dissolução de um Parlamento onde existia uma maioria PPD/PSD-CDS/PP. Estamos combinados?
E se não for pedir muito, um comentário à dualidade de critérios de tratamento na praça pública de Santana Lopes e Paulo Portas face ao que acontece com Sócrates. Se possível (estou a ver que deve ser algo muito complicado para si)não se refugie no artifício, pois não passa disso mesmo, de que à altura estavamos perante manifesta incompetência e neste caso estamos perante uma clara e folgorosa competência. Isso seria faccioso e demagógico!
Caro RM
Fico feliz de saber que esperava pacientemente um post meu.Quem espera sempre alcança, e pelo que vejo, a introdução foi suficiente para lhe aquecer a pena.
Em resposta ao seu largo comentário, resolvi explicar faseadamente a minha opinião. Assim sendo vejamos:
1) Não sinto amargura nem frustração pela queda do governo do Dr. Santana Lopes. O governo caíu por manifesta falta de visão política e estratégica do anterior Primeiro-ministro, somada à brilhante estratégia delineada pelos seus opositores, neste caso; Jorge Sampaio e Aníbal Cavaco Silva. Não sinto revolta porque aprendi cedo que em política ganha-se e perde-se e nada há a amargurar, somente a aprender.
Se alguma coisa lamento em todo esse processo foi a posição do então PR que para conduzir a bom porto a sua estratégia abriu um precedente inédito no regime constitucional português fazendo cair uma maioria parlamentar eleita, coisa que nunca, desde o tempo de D. Maria II, tinha acontecido.
2) O meu caro RM pode ter a opinião que entender sobre a política, os políticos ou as práticas de qualquer governo, eu respeitarei a sua opinião, contudo só lhe peço o favor de não conduzir esta discussão para o domínio político-partidário porque essa não é a minha intenção nem o meu interesse.
3)A mim, pessoalmente e como português, é-me indiferente o grau académico do Primeiro-ministro. Nunca ninguém lhe perguntou qual era e eu também não. Contudo, é natural que os cidadão gostem de conhecer o curriculum do seu Primeiro-ministro, saber o que fez, o que estudou, em que áreas se especializou etc..
4) O problema grave que discutimos não são as habilitações literárias do PM, mas sim a sua conduta. O importante é saber a razão que leva José Sócrates a inventar habilitações que não tem, e se tem como pode prová-las. Trata-se de um problema de honestidade e não de competências técnicas.
5) Mais grave que a falta de honestidade de uma pessoa que ocupa o lugar cimeiro de Chefe do Governo é saber porque razão o faz e sobretudo porque comete o erro crasso de se colocar nas mãos da comunicação social por um problema menor.
6) Que pode justificar que um Primeiro-ministro telefone directamente seis vezes a um jornalista que escreve uma peça sobre si? Só encontro duas razões e ambas manifestamente lamentáveis: Controlar de forma directa a comunicação social através de uma pressão continuada; ou temer que a história investigada traga atrás de si problemas que se querem silenciar discretamente.
7) Que relação existirá entre o processo da Universiadde Independente e esta história? Não acha curioso a simultaniedade das situações?
8) Quanto á oposição e às suas fraquezas, que são muitas, falaremos noutra ocasião. Não se preocupe que lá chegaremos.
9) Quanto aos resultados extraordinariamente positivos do trabalho deste governo também falaremos mais adiante. Não se preocupe que lá chegaremos.
10) Concentre-se!
RM, como ya he planteado, la razon por la cual me gusta participar en este blog es porque a mi me interesa saber cosas de Portugal y muchas cosas he aprendido de los comentarios de las personas. Entre ellas, que hay mucho parecido entre la politica portuguesa y la chilena. Ahora, si ud no ve las similitudes de la situacion es porque ud ignora la situacion política chilena. Cuando uds discutian de la penalizacion del aborto, en Chile estabamos exactamente en lo mismo. Cuando se hablaba del asunto de la lusofonia Chile estaba en el mismo debate. Lo del Papa y su enciclica es tema en mi pais, por razones que expuse hace tiempo. Ahora PBh plantea esta mentira del curriculum del Primer Ministro en circunstancias que en Chile tenemos el mismo problema. Puede revisar diarios chilenos del ultimo mes, lo invito cordialmente a que lo haga (El mercurio, La Nacion, La Segunda, La Tercera, El Periodista, sin olvidar .cl) y sobre todo las opiniones y las Cartas al director para que ud mismo compruebe que para los chilenos la unica palabra que se escribe sobre alguien asi es CORRUPTO. No tiene que ver si es o no capaz, si ha hecho o no un buen trabajo, porque puede haberlo hecho. Pero podía haber hecho el mismo trabajo sin mentir. Ahora, si ud cree que el caso del Primer Ministro portugues es el unico, es porque no tiene idea de como marcha su propio pais
Cara Marcela (e os outros não fiquem nervosos que também lhe hei-de responder mas com mais tempo),
Parece-me que não entendeu nada do que eu escrevi... mas a culpa é minha por não lhe respondi na sua língua. Vou tentar então aclarar o meu ponto de vista.
El hecho de que cuando en Portugal se están discutiendo varios temas y en Chile se discuten los mismos no quiere decir que dichos países son iguales en cuestiones políticas. Ni tampoco que las opiniones de los ciudadanos o de los políticos de dichos países sean iguales. Más, no es por haber políticos corruptos en Chile que quiere decir que los hay en Portugal. Aun que si los hay no es por ese motivo. Cada país tiene su individualidad y las cosas no se pueden comparar así solo porque a ud le apetece o le va bien. Creo que hace muy bien en venir a este blog y aprender cosas sobre Portugal y que por veces encuentre cosas que son parecidas con lo que pasa en Chile pero no busque que TODOS los temas que dicen respecto a Portugal y que se hablan en este blog sean iguales en Chile por que eso no pasa! E el tema del currículo del Primero Ministro es uno de ellos. Porque se en Chile un dirigente dice que es "Economista cuando en realidad habían hecho un curso de 2 semanas de como trabajar en Excel”, aquí eso no ha pasado! Porque se en Chile un dirigente dice que es "Abogado cuando apenas habían terminado la secundaria”, aquí eso no ha pasado! Porque se en Chile los chilenos escriben a los directores de los periódicos llamando corruptos a dichos dirigentes, aquí eso no ha pasado! Así que lo mejor es que ud revise los periódicos portugueses (Diário de Notícias, O Público, Expresso, Correio da Manhã…) antes de escribir sobre algunos temas en este blog… porque se solo lee lo que aquí se escribe, que son comentarios y no las noticias completas, es normal que luego pasen cosas de estas en que escribe cosas sin tener ninguna idea de lo que esta diciendo!
RM, entendi perfectamente lo que ud puso antes, entiendo perfectamente el portugues escrito, y entiendo perfectamente lo que puso despues. Es ud el que parece que no entiende. Yo no dije que fueramos iguales, dije que me sorprendia el paralelismo de la politica portuguesa con la chilena porque hay muchos aspectos en los que hay puntos en comun, mas que con otros paises del continente americano, o con España, si nos ponemos hispanoparlantes. Obviamente hay diferencias, pero no crea que son tan grandes como ud parece pintarlas, eso se lo aseguro y podria demostrarselo.
Ahora, lo simpatico de su respuesta es el hecho que ud considere que los politicos chilenos son corruptos y los de Portugal no. ¿Puede afirmarlo tajantemente? ¿Puede demostrar mas alla de toda duda que ningun politico portugues a caido en lo que mencione sobre los chilenos? ¿Puede poner las manos al fuego por sus politicos? Porque es lo que esta haciendo. Y es precisamente lo que PBH critica, que estas cosas estan ocultas tras un blindaje. Ud tiene fe en sus politicos, bien por ud, pero si quiere una diferencia es que los chilenos somos mucho mas realistas con esa gente: ningun politico vale la pena que uno se juegue por el.
En cuanto a contrastar informacion... eso, señor, ni que lo diga, siempre lo hago. Y eso lo sabria si lee algo mejor algunos de mis comentarios. Y le recomiendo que haga lo mismo.
Bom eu já não sei o que fazer porque nem entende quando escrevo em português nem entende quando escrevo em castelhano. Porque se entendesse teria lido que eu não chamei corruptos aos politicos chilenos, foi a cara Marcela que o fez e eu apenas a citei. Mais, eu disse que em Portugal também há politicos corruptos! Apenas frisei que o motivo por que em Portugal também há politicos corruptos NÃO é o facto de no Chile também os haver. Uma vez que era isso que o seu comentário concluía. Posto isto, tudo o que diz no seu último comentário e todas as questões que me coloca perdem o sentido, se algum dia o tiveram.
RM, ud esta atacando sin poner atencion. Ud critico todo lo que se ha planteado en este post porque para ud estaba lleno de amargura y frustracion, sin ver los aspectos positivos del gobierno. Su gobierno ha hecho cosas positivas, pero eso no invalida las criticas que para ud son superfluas. Pero ¿lo son? En mi pais, en situaciones como blindajes y mentiras en el curriculum no son temas menores, algo que se puede comprobar por la polemica actual en Chile. Eso es todo lo que he indicado. Y lo hice para señalar que el blindaje, que no es solo un problema en Portugal, se rompe con las denuncias ciudadanas, y para que PBH se animase. PBH es muy idealista, y en politica el idealismo es un defecto y por eso escribio un post con frustracion y desilucion. Y soy muy egoista: a mi no me gusta cuando escribe asi porque no me gusta que se desanime ni este deprimido por cosas que son realidades politicas. Por eso quise decirle que en Chile ocurren esas cosas y como reaccionamos en mi pais para que no vea las cosas tan negras. Nada mas pretendia con mi comentario.
Y no habria seguido con el tema si ud no hubiera atacado mis palabras. Ud se centro en la palabra corrupcion y que yo ponia que en Chile ocurre lo mismo que en Portugal, algo que parece que le dolio mucho. Lo siento, siento mucho herirle en su nacionalismo. Pero como lo manifiesta de una manera tan errada es dificil de comprender.
Ud reitera que no le entiendo. Tal vez es cierto, no le entiendo. Ud ha descalificado muchas veces las opiniones contrarias a la suya con rudeza. Tal vez es su forma de argumentar. A ud le molesta que opine en gran parte de este blog, le molesta tanto que no duda en ser abiertamente grosero. Lo siento, siento tener muchas mas cosas que me interesan que ud, siento mucho ser mas curiosa y mas expresiva. Pero eso no justifica su groseria ni su ignorancia sobre un hecho: no existen temas exclusivos de paises, porque por el simple hecho de vivir en el mismo planeta todo lo que pase en Portugal afecta a Chile y viceversa. Si ud no lo ve, es porque su mente es mas estrecha de lo que ha mostrado hasta ahora.
Cara Marcela,
Não precisa de se enervar porque não é certamente para isso que vem a este blog. Nem eu pretendi nunca que os meus comentários a deixassem nesse estado...
Continua sem querer entender o que escrevi e esforça-se por distorcer o significado das minhas palavras. Como se fosse pouco, acusa-me de ser grosseiro, rude e de desqualificar as opiniões dos outros. Acontece que eu não lhe aceito tais acusações, porque não a conheço de lado algum! Como tal, considero que é preferível encerrar esta discução, consigo, aqui mesmo!
Disculpe, RM, no quise ofenderlo, solo me parecio que fue rudo y grosero, pero si no fue asi me disculpo
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