06 maio 2007

O último grito...

Carmona Rodrigues surpreendeu muita gente com o recente discurso que fez, numa "reprise" do slogan "eu fico!"
Tenho de confessar que também eu fiquei surpreendido. Mas ao contrário do meu amigo PBH, pela negativa.

CR não tem manifestamente qualidades de liderança, e isso ficou bem patente ao longo deste ano e meio em que liderou a Câmara. Desde cedo, aliás ainda antes das eleições, CR cedeu inúmeras vezes às ordens de Marques Mendes, tendo de recuar naquilo que eram as suas intenções. Relembro aqui o episódio com o partido da Nova Democracia: CR tinha fechado um acordo com Manuel Monteiro, que passava pela inclusão de Jorge Ferreira nas listas do PSD para a Assembleia Municipal. MM não gostou nem autorizou e CR teve de dar o dito por não dito, prometendo então à Nova Democracia um lugar nas empresas municipais. Tudo isto foi devidamante publicado na imprensa e foi o 1º caso que envolveu CR.

No que concerne à composição das listas, nomeadamente para a CML, foi a mesma coisa, chegando-se posteriormente a uma divisão 4-4 nos primeiros lugares.

Já no decorrer do mandato, CR, contra a sua vontade, aceitou imposições e vetos de nomes por parte de Marques Mendes na constituição de diversas equipas municipais. Foi incapaz de lutar para manter uma coligação que lhe era essencial para garantir a governabilidade da Câmara, e que certos sectores do PSD, liderados por Paula Teixeira da Cruz, não descansaram enquanto não a romperam.

O discurso é pois surpreendente na medida em que rompe com uma atitude de subserviência que se vinha registando há muito.

Esse aceitar das imposições de MM teve ainda 2 actos não muito distantes: as suspensões de mandato de Gabriela Seara e Fontão de Carvalho. Ambas contra a vontade de Carmona, ambas por exigência de Mendes. Nesta medida, surpreende pela incoerência o discurso de CR. Os seus colaboradores tiveram de suspender os mandatos, ainda que contra a vontade de CR que teve de se conformar, mas quando toca ao próprio a postura já é outra? Com que coerência? com que autoridade?

Há muito que CR deveria ter batido o pé à DN do PSD, e nas poucas vezes em que o fez, acabou por ter de recuar, dizendo o contrário do que tinha afirmado na véspera. Fazer um discurso destes depois de tudo o que se passou, é patético. É querer mostrar uma liderança que nunca teve, é querer mostrar uma autoridade que nunca exerceu.

Eu não sou adepto do "é arguído, tem que suspender". Mas CR aceitou desde sempre essa regra, aliás sabia que era uma das bandeiras de MM no PSD. Deixou mesmo que a aplicassem a 2 colaboradores seus. Se CR discordava desta postura, devia tê-lo afirmado em tempo oportuno, e não quando o problema lhe bateu à porta!


Olhando para isto tudo, vem-me à memória um provérbio: "quem com ferros mata, com ferros morre".
E Carmona morreu, às mãos daqueles a quem se aliou para conseguir o lugar que ocupa. Este foi o seu último grito...

25 comentários:

Pedro BH disse...

Caro RMG

Gostei do seu post!
Depreendo, que na sua opinião, Carmona Rodrigues é um homem com deficiências de liderança e que Marques Mendes é uma vilão ao qual, Carmona Rodrigues nunca se deveria ter submetido...É uma opinião legítima, e curiosa...

Quando afirma que quando se procesaram a composição das listas se chegou a um acordo 4/4, que quer dizer exactamente?
Que Carmona Rodrigues soube impor a sua voz de legitimo candidato? Que afirmou a sua liderança e soube negociar?

Considera que Carmona Rodrigues agiu bem conseguindo para si, aquilo que não conseguiu para os seus vereadores ao afirma «EU FICO», mesmo contrariando a posição do Presidente do PSD?
Que Carmona Rodrigues soube impor a sua voz de legítimo eleito?
Que afirmou a sua liderança e soube mante-la?

Considera que, se por uma qualquer razão, Carmona Rodrigues se tivesse afastado ou combatido as posições do presidente do PSD era um melhor Presidente? Mais legítimo? Considera-lo-ia nesse momento mais coerente?

São dúvidas com que fico depois de ler este «Post»...

Anónimo disse...

Caro RMG,

Nao pensei viver o dia em que ia dizer-lhe isto: PARABÉNS PELO EXCELENTE POST! Efectivamente estou surpreendido! Agradavelmente surpreendido!

Concordo plenamente com a sua opiniao acerca da posiçao tomada pelo Sr. Carmona Rodrigues bem como com o balanço que faz do ano e meio de liderança da CML desse senhor. Gostei de tal maneira de uma parte em particular que me sinto no dever de a repetir só pelo prazer de a reescrever: "Fazer um discurso destes depois de tudo o que se passou, é patético. É querer mostrar uma liderança que nunca teve, é querer mostrar uma autoridade que nunca exerceu."

No entanto, tenho uma dúvida que talvez o caro RMG me queira esclarecer: nao foi o seu voto um dos que elegeu o Sr. Carmona Rodrigues para presidente da CML?

Etiqueta: BRAVO!

Anónimo disse...

Recomendo, a todos, a leitura do artigo de Miguel Sousa Tavares, na edição online do Expresso, de dia 30 de Abril, intitulado "Lisboa, o Tejo e tudo". O link é:

http://expresso.clix.pt/COMUNIDADE/blogs/miguel_sousa_tavares/archive/2007/04/30/34529.aspx

Independentemente da opinião que se possa ter sobre a personagem que é o MST, e do tom mais ou menos rude com que o artigo está escrito, não há dúvida que o texto sublinha verdades incontornáveis e que muitos teimam, porque teimam, em esquecer ou em abafar. Aqui fica dito, porque a memória só é curta quando mais nos convém.

Anónimo disse...

O formato do blog cortou o link. Aqui o deixo, em partes, para copiar e pegar na barra de Endereço, removendo os espaços entre linhas:

http://expresso.clix.pt/COMUNIDADE/
blogs/miguel_sousa_tavares/archive/
2007/04/30/34529.aspx

Anónimo disse...

Em primeiro lugar e antes de qualquer outro comentário quero expressar o meu profundo desagrado em relação à situação da câmara que a minha cidade atravessa. Lisboa e os Lisboetas não merecem. Digo isto magoado e com tristeza. Os que me conhecem sabem o quanto aprecio a história olissiponense, bem como a minha dedicação (amadora e profissional) ao seu estudo. Dedicação essa que já se alargou a desafios eleitorais a nível autárquico e espero poder continuar a contribuir para um bom rumo político da cidade. Aparentemente ele está perdido actualmente.

É preciso reafirmar que num Estado de direito democrático qualquer pessoa é inocente até ser provada e formalizada a sua culpa por acção de um órgão competente, ou seja, um tribunal. A praça pública, a vox populi, não corresponde a esse perfil. Há que distinguir claramente a situação de arguido, acusado e culpado designadamente. Correspondem a fases distintas de um processo judicial e convem ter isto bem presente. A regra defendida por alguns que dita que um responsável político, neste caso concreto um autarca, se for constituido arguido num processo deve suspender o seu mandato, ou até mesmo renunciar. Aqui é que começa logo a injustiça e a incorrecção que pautam qualquer regra que não contempla excepções e a sua aplicação cega, sem olhar caso a caso. Ou olhando caso a caso o critério não deve ser naturalmente a proximidade do líder partidário a determinar a sua aplicação ou não! Como é óbvio (nem por isso para Marques Mendes)!

Não quero com isto dizer que a melhor solução para a situação da CML não seja a realização de eleições intercalares. Provavelmente é o que vai acontecer. Pois, tudo leva a crer que sim. Mas, por outro lado, é importante o cumprimento dos mandatos até ao fim, a bem da cidade e dos cidadãos. A estabilidade política e a execução de um projecto político necessitam disso mesmo. Reconheço que se verificam dados excepcionais que tornam eminente a realização de eleições antecipadas. Pelo carácter personalizado de umas autárquicas torna-se inviável outro cenário.

Existem dois planos a considerar, o político e o judicial. No segundo concordo com o PBH e em meu entender Carmona Rodrigues não sairá acusado e muito menos condenado no processo BragaParques.
Que Carmona desiludiu enquanto líder político autárquico é uma realidade segundo os meus critérios de análise. Contudo, isso não seria suficiente nem se sobreporia à justiça democrática que deve ser feita ao resultado das últimas autárquicas e ao cumprimento integral dos mandatos dados pelo voto popular. Teria correcções a fazer e melhoramentos a levar a cabo, mas agora a questão já não se coloca só nesse pé. Perante os elementos que estão disponíveis a solução deverá ser mesmo a realização de eleições intercalares.

Concordo com a participação de independentes na política e nas respectivas listas a apresentar aos actos eleitoriais, parece que os aparelhos partidários é que não os vêem com muito bons olhos. É pena e o caminho não deve ser a partidarização excessiva e asfixiante da vida política. Os partidos e o pluralismo partidário são essenciais em democracia, mas por vezes não a prestigiam em nada.

Não me alongando muito mais, só uma consideração em relação à incoerente posição socialista perante esta situação. Em Lisboa é muito crítica em relação a Carmona, mas no concelho vizinho de Oeiras, por pura e infame chicana política, está colada a Isaltino... Oeiras com boas maneiras por favor!

Vamos ver como evolui tudo isto ao longo desta semana e quem se vai perfilando para assumir o mais que provável desafio eleitoral antecipado em Lisboa. Perdeu-se uma grande oportunidade de, com a direita à frente dos destinos alfacinhas, se fazer algo de importante e verdadeiramente marcante e útil para Lisboa. Mas nem tudo está perdido, não adianta chorar sobre o leite derramado, as desilusões servem para crescermos e para serem ultrapassadas rapidamente. É isso, não há nada melhor numa desilusão do que aprender e crescer com ela, e logo em seguida ultrapassá-la! E assim estaremos preparados e com energia para os actos seguintes, sejam eleitorais ou não.

Anónimo disse...

Finalmente um direitista (e ainda por cima monárquico) a assumir as suas desilusões políticas neste blog... De facto, não páro de me surpreender!

Sabe, caro ASD, a importância do "cumprimento dos mandatos até ao fim" para promover a "estabilidade política e execução de um projecto político" só faz sentido quando existe, de facto, um projecto político.

Pois, deixe-me perguntar-lhe, a si, homem tão apaixonado por Lisboa e tão dedicado ao seu estudo, qual é(era) o projecto político do Sr. Carmona Rodrigues para a cidade de Lisboa? Que ideias tinha esse senhor para a cidade? De que forma mobilizou ele os lisboetas para ditos projectos e ideias que nunca ninguém lhos conheceu?

Que marca deixa, afinal, esse senhor em Lisboa? Dir-me-á, como desculpa que já lhe é recorrente, que não lhe deram tempo. E quem é que lhe tirou o tempo? Que fez ele em dois anos de vice-presidente e num ano e meio de presidente senão corroborar as trapalhadas do antigo presidente, no primeiro caso, e continuá-las ou acrescentar-lhes novas no segundo caso?

Caro ASD, deu-se sequer ao trabalho de pensar, pelo menos uma vez, antes de lamentar a oportunidade perdida de se "fazer algo de importante e verdadeiramente marcante e útil para Lisboa", com a direita, esta direita, que esteve a gerir a cidade nos últimos 3 anos???

Anónimo disse...

Meu caro PBH,

Carmona não tem deficiências de lideranças,Carmona não é líder! nunca o foi e nunca o será. Há pessoas que são assim. Impõs a sua posição?? a sua voz de eleito?? Nunca o fez! Só quando percebeu que o seu fim estava próximo é que reagiu. Isso não é liderança, é desespero!
Carmona deveria, desde o início, ter marcado o seu espaço, e sobretudo não permitir que a CML fosse co-gerida pela S. Caetano. Se tal tivesse acontecido, acredite que muita coisa teria sido diferente.
O meu post parece-me bem clarinho e perceptivel. O homem escolheu um caminho. Fê-lo conscientemente pois houve quem o avisasse a tempo. Não se queixe agora ao descobrir que afinal chegou a um beco sem saída!

Anónimo disse...

Caro RM,

2 notas:

1- Ou é Eng. Carmona Rodrigues, ou só Carmona (com ou sem Rodrigues). É que este pode ter muitos defeitos, mas é de facto Eng.
2- Eu votei PSD como deve depreender. O meu candidato não teria sido este, mas não fui eu que escolhi. Confesso que nunca esperei ver isto, é um facto.
Já agora, qual era a sua alternativa? o marido da Barbara?

Anónimo disse...

Caro RMG,

Duas respostas para si:

PRIMEIRA: Se ler, com um bocadinho de atenção, todos os milhares de palavras que eu já escrevi neste blog a propósito deste assunto, verá que em NENHUM sítio tratei o actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa de outra forma que não fosse "Sr. Carmona Rodrigues". Se o caro RMG discorda do facto de ele ser "senhor" é porque certamente estará na posse de conhecimentos que eu francamente ignoro. Ou então, se após todas as críticas que lhe fez e toda a incompetência que lhe reconheceu, acha que se deve agregar a isso o mérito de ser engenheiro, pois está no seu direito... mas olhe que é uma ofensa para a classe!

SEGUNDA: Tal como o caro RMG votou num candidato que, não sendo o da sua maior preferência, era aquele cujo partido com que se identifica ideologicamente apoiava, eu fiz exactamente a mesma coisa. Mas com uma pequena diferença: é que não sou eu que estou, neste momento, desiludido ou arrependido ou estupfacto com tal desenlace que o erro do meu voto produziu... é para evitar estas situações, que o voto deve ser feito em consciência e raciocínio!

Mas deixe lá... quem sabe para a próxima acerta!

Anónimo disse...

RM, se Carmona Rodrigues ganhou as últimas eleições autárquicas em Lisboa não foi à conta da inexistência de programa de governo da cidade nem de um projecto para a mesma. Agora a sua execução é uma outra questão e era a isso que me referia quando mencionei "Teria correcções a fazer e melhoramentos a levar a cabo...". Não estava a correr bem, é um facto. Só por si não seria motivo para a queda do executivo, volto a afirmar.

Regressando ao teu ponto de vista, estás então a dizer que a equipa encabeçada por Carmona através de artes mágicas enfeitiçou a maioria dos lisboetas, talvez hipnotismo quem sabe, e fê-los votar a seu belo prazer. Lisboetas fantoches nas mãos de Carmona, é essa a ideia que queres fazer passar!? É esta a tua interpretação dos resultados das últimas autárquicas? Uma coisa é certa, sabia qual era a Colina do Castelo e qual a do Bairro Alto de S. Roque e a respectiva localização, ao contrário de um outro candidato, o tal que não tem um dom da ubiquidade. Terá algum outro?

Anónimo disse...

Carissimo RM,

Ao que sei o homem até um bom eng. com notoriedade na classe! Não tem é muito jeito para a política. Mas começo achar de facto que, engenheiros na política, dá sempre asneira!

Quanto ao seu voto, que feliz deve estar por ter eleito pessoas que dão tão belo espectaculo à cidade: são só cinco e andam à cabeçada uns com os outros, votam as mesmas propostas de forma diferente uns dos outros, interrompem reuniões de câmara para discutir quem se senta em que cadeira, dão conferências de imprensa a dizer mal uns dos outros e a retirar confiança política, dizem mal do executivo, mas enfiam se nos conselhos de administração das empresas municipais, enfim, que voto bem empregue...

Pedro BH disse...

Caro RMG

Não respondeu às minhas perguntas, nomeadamente à que se referia à constitição das listas.
Quer elucidar-me?

Anónimo disse...

Caro ASD,

Para variar, fugiu às perguntas que lhe coloquei e nao respondeu a nenhuma delas... quando o fizer, talvez eu considere responder-lhe às suas provocaçoes.

Anónimo disse...

Caro RMG,

Por mais "espetaculo" que a oposiçao na CML possa dar à cidade, nenhum é tao surpreendente, tao absurdo, tao ridiculo e tao criticável (e criticado) como aquele que o senhor presidente de câmara tem dado nos últimos dias... e ainda estamos todos para ver como termina este circo. Se o palhaço consegue enganar as feras ou se elas o devoram.

Anónimo disse...

RM não está à espera que exponha aqui o programa eleitoral, ponto por ponto, que deu a vitória a Carmona Rodrigues em 2005, pois não? Seria uma disparate insistir nisso e recusar-se a continuar o debate sob esse pretexto. De qualquer forma vou remetê-lo para o dito programa para ver como ele afinal não é uma ficção. Se quiser disponibilizo-o eu mesmo, pois possuo um ficheiro pdf de 72 pp. designado "Vamos a isto Lisboa. Programa Eleitoral de Carmona Rodrigues".

Anónimo disse...

Repare, caro ASD, eu nao lhe pedi o programa eleitoral com que o Sr. Carmona Rodrigues se apresentou a eleiçoes... se quiser também sei onde encontrá-lo. As perguntas que lhe fiz e que vou repetir simplicando-as para que as possa entender, foram as seguites:

1ª - Que ideias/projectos de base tinha o Sr. Carmona Rodrigues para a cidade de Lisboa? Se entende que pode responder citando o programa eleitoral, pois força.

2ª - Que marca deixa o Sr. Carmona Rodrigues como presidente da Câmara Municipal de Lisboa? Quero dizer, daqui a 20 anos, o que é que vai estar na memória dos lisboetas sobre a estadia desse senhor na presidência da câmara?

3ª - Está francamente convencido que a direita que esteve na presidência da CML nos últimos 3 anos (com os senhores Santana Lopes e Carmona Rodrigues) podiam ter feito melhor? Que oportunidade é que se perdeu a nao ser a dos que agora se arrependem de terem votado em tais personagens?

Pedro BH disse...

Caro RM

A sua visão partidocrática, e personalizada da política, recheada de clichés de Casa de Pasto é absolutamente inacreditável. Voce não consegue falar de política sem rótulos,sem falsas moralidades e parcialidades ideológicas.
Há muitos anos que não via nada assim, devo confessar-lhe.
Irra!

Anónimo disse...

Caro PBH,

Entao nao era eu que nao tinha visao politica nenhuma? Afinal tenho mas nao presta é isso? Há muitos anos que nao via um discurso tao contraditório, falacioso e impreciso, devo confessar-lhe.

Vá, respire fundo e conte até 10.

Anónimo disse...

RM,

Para ideias/projectos quer documento mais completo do que o programa eleitoral detalhado propriamente dito?! Consulte-o e lá estão as respostas que solicita. Não alimento mais essas suas pretensas "exigências".

Quanto à obra deixada pela equipa de Carmona Rodrigues ainda não é altura para um balanço do mandato, pois este ainda está em vigor. Não seria próprio nem correcto.

Não é por terem surgido estes problemas com a governação de direita da cidade de Lisboa que esta fica amputada para sempre de capacidade e folgo para novas vitórias eleitoriais e políticas na capital. Não me arrependo completamente do meu sentido de voto em 2005, pois as alternativas eram tão fracas que terá sido um mal menor...

As forças partidárias de direita saberão encontrar as melhores soluções para os desafios que se avizinham. Como as esquerdas políticas enfrentam semelhantes dificuldades e o mesmo desafio a coisa até está algo equilibrada.

Se a melhor lista candidata às futuras eleições autárquicas for de independentes, de várias sensibilidades político-partidárias, não me será difícil dar-lhes o meu apoio e voto. Desde que a lista e o projecto sejam de qualidade e apresentem as melhores propostas para a cidade, não vejo por que não. Na política não podemos nem devemos ter uma visão estrictamente partidária, senão deixa precisamente de ser política e passar a ser aparelhística. Consegue perceber isto, não consegue RM?

Anónimo disse...

Caro ASD,

Explicou-me tudo tão bem que eu até consegui perceber... claro que tive que ler pelo menos 5 vezes, mas cheguei lá. Desta vez não foi preciso o desenho que lhe costumo pedir. Muito obrigado pelos seus esclarecimentos e pelas suas respostas sempre tão prontas e pensadas e dedicadas e completas e cheias de conteúdo... há realmente que ler o que nao está lá escrito para retirar alguma coisa de útil daquilo que escreve... mas, desta vez, recorri à minha veia artística, e consegui ver para além do nada... algo! Não me peça é para dizer o que foi, que isso é muito subjectivo! Afinal de contas, o ASD é um artista!

Anónimo disse...

O RM gosta da "papinha" toda feita...Eu gosto de estimular o espírito crítico e as capacidades de observação e reflexão dos meus interluctores e parceiros de debate. Ainda bem que está disponível para boas sessões de ginástica mental. Sempre às ordens!

Pedro BH disse...

Caro RM

É exactamente por não ter visão política nenhuma que escrevi o que escrevi....

Anónimo disse...

O PBH,

O Carmona nunca se impos! Levou com pessoas na lista da vereação que ele não queria lá por nada!! Não nomeou pessoas que queria para certos lugares porque o Mendes não deixou! E ele só contrariou a posição do presidente do psd quando chegou a vez dele! Se CR pensa o que disse na conferencia de imprensa deveria ter dito ao mendes que a Gabriela e o Fontão ficavam! CR não tinha que "combater as posições de MM", tinha apenas que lhe dizer que na Câmara quem manda é o presidente da CML e não o do PSD, e ele isso nunca conseguiu fazer...

Anónimo disse...

E pronto... "caiu o Carmo(na) e a Trindade"!

Pedro BH disse...

Vamos ver o senhor, ou senhora que se segue...

Desejando ideias claras, projecto claro e muita paciência e capacidade de afirmação do próximo edil e da sua equipa.

Que o exemplo da política praticada nestes ultimos dois anos não se repita. Nomeadamente no PSD e dentro dos seus circulos de militantes e interesses. Lisboa e o país só têm a ganhar com isso.
É lamentável tudo isto, e uma vergonha para os responsáveis, os visiveis, e os menos visiveis.