24 abril 2007

A Blindagem II

Em continuação do Post anterior, decidi voltar a escrever sobre o tema da blindagem.
Os acontecimentos das últimas semanas falam por si. A imagem do Primeiro-ministro de Portugal está inequivocamente ameaçada. Apesar disso, a blindagem não terminou.
Continuamos sem ver debate sobre as opções do Ministro das Finanças e surgem dúvidas quanto aos relatórios apresentados pelo Banco de Portugal, coisa que até então nunca se tinha posto em causa!
A Ministra da Cultura continua na Ajuda e não se prevê que de lá saia. O Ministro Mariano Gago também. Não só não explica convenientemente as razões que o levam a decretar o encerramento compulsivo da Universidade Independente, como também ainda não explicou a questão do MIT e da demissão em bloco da Comissão encarregada de elaborar o Plano Tecnológico.
O Ministro da Economia, apesar dos números preocupantes e das opções duvidosas também não dá sinais de melhora. O Ministro das Obras Públicas Mário Lino ainda não veio a público explicar a opção OTA. As questões são muitas e o debate público é pobre.
As atenções têm estado concentradas na figura de José Sócrates, que, já se percebeu, perdeu a imunidade na comunicação social.
Portugal assume dentro de dois meses a enorme responsabilidade da Presidência da UE. É lamentável que a nível interno o caos se sobreponha. Quero acreditar que durante os seis meses da Presidência o clima abrande e Portugal cumpra com o seu papel como lhe é exigido e com a qualidade a que habituou os seus parceiros no desempenho de tais funções.
É imperativo, contudo, que o país fique esclarecido sobre as matérias em que está envolvido o PM e que o ligam à Universidade Independente.
Como cidadão não me importo de esperar por Dezembro e pelo fim da Presidência. Não esquecerei o tema apesar disso. Espero que os jornais e os tribunais também não!

1 comentário:

Anónimo disse...

É de acrescentar ao teu rol PBH a nomeação de Pina Moura para administrador do grupo Prisa em Portugal, dono da Media Capital que controla a TVI. Coincidência nesta altura não é certamente, pois a coincidência em política/negócios não bate assim... Ou melhor, não existe mesmo.