31 agosto 2006

Manifesto da Direita em Portugal II

Não deixa de ser um texto politicamente interessante, com o qual até concordo nalguns aspectos. Sobretudo faz um enquadramento muito realista do país em que vivemos, em que a Esquerda se considera e actua como guardiã da moral e dos bons costumes lusitanos, com a conivência de uma grande parte da nossa comunicação social.

PSD: Críticos denunciam perseguição interna

A ex-vereadora de Lisboa Helena Lopes da Costa diz que está a ser alvo de uma "perseguição" interna. Em causa está o facto de a secção de Algés estar alegadamente a recusar "todas" as suas propostas de filiação, nalguns casos alegando que não reúnem "as condições políticas" para serem militantes. Todos os candidatos estão a ser chamados para entrevistas e até o seu filho foi convocado.
O líder do PSD/Algés, Amaral Lopes, diz que só quer confirmar as moradas apresentadas nas propostas de filiação.Foi no início de Julho que a deputada tentou inscrever um dos seus filhos no PSD. Mas o jovem, de 18 anos, recebeu uma carta, assinada pelo líder do PSD/Algés, em que era convocado para comparecer na secção com vista à "análise ao seu processo de admissão". Algo que Helena Lopes da Costa diz que não está previsto nos estatutos e que levou o seu filho a desistir da filiação.Os restantes 40 militantes propostos pela apoiante de Menezes receberam idêntica convocatória. Alguns foram e terão sido confrontados com perguntas sobre a sua simpatia para com Marques Mendes e Isaltino Morais. "Da conversa tida com o candidato, está a Comissão Política de Secção convencida de que não reúne as condições políticas necessárias para ser militante do PSD", escreveu Amaral Lopes ao secretário-geral Miguel Macedo, em relação a uma das propostas. "Todos os militantes propostos por mim foram recusados. Isto é o fim do mundo!", denuncia a ex-vereadora de Santana Lopes.
Amaral Lopes nega qualquer perseguição. Diz que apenas pretende confirmar as moradas dos candidatos, como fixam os estatutos. "Não quero que se repita o caso das 340 assinaturas falsas de Algés apresentadas na candidatura à liderança de José Alberto Pereira Coelho", explica.O líder do PSD/Algés garante que os candidatos não foram questionados sobre Mendes. E explica que, quando alegou falta de "condições políticas", queria dizer que a candidatura não cumpria os estatutos", ou seja, a morada não estava correcta. "Acho triste utilizar isto para fazer má propaganda ao PSD", lamentou, referindo que o filho da ex-vereadora foi convocado "como qualquer cidadão".
In JN

Estátuas do Mundo

Estátuas estranhas por esse mundo fora. Muitas delas bem melhores do que alguma "suposta arte" que nós temos por cá...

Ver estátuas

30 agosto 2006

Manifesto da Direita em Portugal

Para os interessado, curiosos e afins, aqui fica o link para o blog do Jorge Ferreira, onde se pode ler o manifesto.

A sua discussão seguirá dentro de minutos...

29 agosto 2006

Ministério das Finanças no seu melhor...

A Direcção Geral do Orçamento do Ministério das Finanças emitiu, no final do mês de Julho, a circular com as instruções para a preparação e elaboração do Orçamento do Estado para 2007, estipulando como prazo limite para entrega das propostas, previamente sancionadas pela tutela, o dia 1 de Setembro.
Acontece que, até à data, e a 2 dias do prazo estipulado, o Ministério das Finanças ainda não comunicou aos restantes ministérios o respectivo plafond de despesa para 2007...

27 agosto 2006

Ainda sobre Setúbal

Com tudo o que se tem passado em Setúbal, existe ainda uma pessoa que até agora tem permanecido calada: Odete Santos! Não é ela a Presidente da Assembleia Municipal? Não tem nada a dizer??

26 agosto 2006

Purga estalinista II


O episódio da substituição de Carlos de Sousa à frente da Câmara Municipal de Setúbal veio revelar, entre outras coisas, uma profunda contradição do PCP, que muda de convicções conforme a conveniência do partido.

Alegando razões pouco claras e no mínimo duvidosas, o PCP solicita ao ainda Presidente da Câmara de Setúbal que renuncie ao seu mandato, passando o número três da edilidade a comandar a autarquia. Esquece-se o PCP que, se há eleições “personalizadas” em Portugal, são as autárquicas, onde, mais do que no partido, os eleitores votam na pessoa que querem para liderar a Câmara. Aliás, no caso concreto de Setúbal, é sabido que foi a personalidade de Carlos de Sousa e o seu prestígio enquanto autarca que permitiram ao PCP retirar a Câmara das mãos do PS em 2001 e mantê-la nas eleições de 2005. Neste contexto, só se poderia entender esta substituição à luz de factos graves, que até agora ninguém evocou. Pelo contrário, alegou-se uma suposta necessidade de renovação e articulação dentro do executivo camarário, no que se pode considerar como uma avaliação negativa feita pelo PCP ao trabalho da Câmara de Setúbal. Mas tudo isto é ainda mais estranho se atendermos a que, em Outubro do ano passado, tivemos eleições autárquicas, tendo na altura o partido e sobretudo os eleitores de Setúbal renovado a confiança em Carlos de Sousa.

Claro que nenhuma destas observações se colocaria caso Carlos de Sousa tivesse saído por vontade própria, mas não foi este manifestamente o caso. Estamos perante um saneamento, à boa maneira soviética de outros tempos, onde prevalecem as escolhas do partido sobre as escolhas dos eleitores, naquilo que é não apenas mais um episódio da eterna guerra entre a linha ortodoxa do PCP e os chamados renovadores, mas sobretudo um enorme desrespeito pelo voto popular, livre e democrático.

A minha curiosidade a propósito deste episódio levou-me, aliás, a fazer uma breve pesquisa e a ler o “Avante” n.º 1596 de 1 de Julho de 2004. Dizia nessa altura o PCP, a propósito da substituição de Durão Barroso por Pedro Santana Lopes: “o PCP salienta que qualquer substituição do primeiro-ministro por outra personalidade indicada pelo PSD, com ou sem a realização de um congresso deste partido, seria uma solução artificial e inaceitável no actual quadro político, e destituída de um mínimo de consistência e credibilidade.” E diziam ainda os comunistas: “o PCP afirma, com toda a clareza e sentido da responsabilidade, que a solução democrática que se impõe é, através de eleições antecipadas, dar a palavra ao povo português para que se possa pronunciar, como é desejável, por um novo rumo, uma nova política e um novo governo para o País.”

Então e agora? O PCP, através da sua estrutura local, faz uma avaliação negativa do trabalho da Câmara, e os eleitores, que ainda há 10 meses votaram em Carlos de Sousa para presidente? Que pensam eles? Já não é necessário ouvi-los? E as soluções artificiais e inaceitáveis? E a consistência e a credibilidade? Onde estão a clareza e o sentido da responsabilidade tão proclamados em 2004?

Enfim, posto tudo isto, podemos seguramente rematar que, assim se vê a coerência do PC!

Luandisses...

O Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, recentemente nomeado nº 3 do MNE, Prof. João Cravinho, foi a Luanda em finais de Julho, ao que se diz, tratar do andamento da eterna obra da Escola Portuguesa de Luanda. É curioso que o Prof. ande tão preocupado com a obra, já inaugurada pelo Sr. Primeiro- Ministro. Afinal, a obra que se supõe esteja a funcionar a partir de Setembro, já com um ano de atraso, ainda vai pela metade. Não se sabe ao certo, onde pensam os responsáveis do Ministério da Educação ensinar a Língua de Camões aos cerca de 1200 alunos que aguardam pela abertura de tão inaugurada obra. Eles e os pais, que parece não andam satisfeitos. Talvez o Prof. e os do ME estejam a planear colocar esta rapaziada toda no edificio administrativo, no auditório e em meia dúzia de salas de aula. Afinal, é o que está construido, e inaugurado.
Sejamos sérios!
Estará o governo português interessado em delinear uma política séria relativamente ao ensino, difusão e promoção da Língua e Cultura Portuguesas no mundo? Tem alguma ideia o governo sobre o que fazer com as escolas portuguesas no estrangeiro??
Até à data as sugestões são aterradoras.
Para Luanda fala-se em entregar a direccção da instituição aos privados, isto é, os contribuintes portugueses pagam a obra, sustentam a Escola, mas quem gere são os privados. E quem são os privados? Os papás? Os angolanos?
Quererá o Estado português repetir a brilhante gestão e os magnificos projectos que eram as escolas cooperativas em Luanda e Maputo geridas pelos papás? Terá o Estado português olvidado a razão pela qual se decidiu, em boa hora, construir e avançar com estes projectos nos países africanos e em Díli?
A febre da contenção orçamental e o total desnorte da politica de cooperação portuguesa permite tudo. Na incapacidade para tomar conta daquilo que nós próprios criamos, os ilustres responsáveis passam a batata quente.
Já agora, qual será o estatuto da Escola Portuguesa de Luanda? E a lei orgânica? É que, em Maputo, onde funciona há seis anos um Escola Portuguesa, a lei orgânica ainda não foi aprovada, e o Acordo de Cooperação que lhe deu origem ainda não foi publicado pela parte Moçambicana. moral da história: a Escola é ilegal!
Mas nada disso afecta os grandes designios da politica externa, afinal, Portugal continua a assinar Pac's e Pic's e a doar milhões para a cooperação, mesmo que não tenha a minima ideia do que fazer com eles.
Vamos esperar por Setembro e ver quem lá vai inaugurar mais uma vez a obra.

PS: Não seria mal pensado reforçar a segurança, parece que os papás andam mesmo mal dispostos com tanto atraso, para, afinal, só receberem metade do edificio para os filhos estudarem.

And the Oscar goes to...

O PSD contratou a IPIS, consultores de relações públicas, do grupo Brandia Central de Comunicação – o maior do sector de publicidade e comunicação no País – para tratar da imagem do partido e também do seu líder, Marques Mendes, confirmou ao CM, o secretário-geral do partido, Miguel Macedo, sublinhando que a acção da IPSIS será centrada nas áreas do grafismo e design. - in Correio da Manhã

Purga estalinista em Setúbal...

Isto é no mínimo o que se pode dizer acerca do recente episódio que levou à demissão do Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carlos de Sousa.
Mas sobre este assunto voltaremos a falar em breve...