01 fevereiro 2008

A ética republicana...


Depois das afirmações do Ministro da Defesa Nacional sobre a proibição das Forças Armadas participarem na evocação dos 100 anos do regícidio, eis que a República nos brinda com mais presentes inesperados.
No voto de pesar à morte do Rei, hoje apresentado na Assembleia da República, apenas 80 deputados se levantaram. Parte-se do príncipio então de que o assassínio à queima roupa de um Chefe de Estado em Portugal, legítimo e constitucional, não é matéria que interfira na consciência ou ética dos srs. deputados. Indiferentes, a maioria manteve-se sentada!
Também hoje o Presidente da CM de Castro Verde, representante de um orgão da República, inaugura uma lápide evocativa de Alfredo Costa, o regicída natural daquela vila alentejana. Ontem, quinta-feira, mais de vinte pessoas deslocaram-se às tumbas de Costa e Buiça no Alto de S. João, numa cerimónia sinistra organizada por uma tal«Comissão instaladora da Associação Promotora do Livre Pensamento».
Cem anos depois, compreendemos portanto, que a ética republicana é a mesma de 1908, ou seja, não sabe o que significa e não tem vergonha nenhuma de o mostrar publicamente.
Um Estado que não tem memória, e que se comporta desta maneira numa data que deveria servir para reconciliar paixões políticas, não é digno da simpatia dos cidadãos.
Excluíu-se de forma digna desta atitude mesquinha, o actual Chefe de Estado Cavaco Silva, ao participar hoje na inauguração de uma estátua do Rei D. Carlos em Cascais.

5 comentários:

António de Almeida disse...

-A melhor pérola é sem dúvida uma C.M. homenagear um assassino!

JOY disse...

Esta gente nem républicana é ! pura e simplesmente não são nada.
De modo algum posso concordar com homenagens a assasinos. Não sou adepto da causa monárquica mas admiro o rei D. Carlos pelo legado cultural que deixou.

JOY

Anónimo disse...

Pedro, sabes que no soy monarquica y que a veces he querido mandar a algun rey a la guillotina, pero hablando en serio, me sorprende no lo que comentas, sino tu reacción que me parece ingenua. Pedro, ¿quien te ha dicho que los politicos tienen memoria o etica o moral o principios? Estudiaste historia, ya deberias estar anestesiado sobre estas actitudes politiqueras no faltas de etica sino mas bien ridiculas. Pero no es culpa del republicanismo, sino de la ignorancia. Piensa chiquitin que esos pobres congresistas apenas han cursado el parvulario y con seguridad lo repitieron, ¿como les pides que tengan la capacidad de ver con perspectiva historica un hecho que por mas que se intente justificar fue un burdo asesinato no sólo contra un jefe de Estado, sino contra una persona, en nombre de quien sabe que y que para el caso no importa, cuando apenas pueden ver lo que pasa hoy en Portugal?

Lo que mas me da risa es que si hoy un asesino matara al presidente portugues, los mismos que aprobaron la muerte del rey D. Carlos y evocan al regicida serían los primeros en pedir la cabeza del asesino. No es etica republicana, es una cuestion de "puntos de vista", de gente que es incapaz de ver las cosas no como quieren, sino como son.

Anónimo disse...

Pode não ter nada a ver com o assunto aqui tratado, mas porque a cultura é um “bem” importantíssimo a defender, convido-vos a participarem nos VI Jogos Florais de Avis, que já são uma referência no panorama cultural português. Sendo uma iniciativa da Amigos do Concelho de Aviz-Associação Cultural, o regulamento está disponível em www.aca.com.sapo.pt
Concorram e boa sorte.
Saudações culturais.
P’la ACA,
Fernando Máximo!

Anónimo disse...

Porque é que o dia demora?
Prenderam a madrugada:
A noite ficou cá fora,
Parada.

Porque é que tarda em florir?
Prenderam a Primavera:
O inverno não quis partir.
À espera.

Porque é que a Pátria envelhece?
Prenderam a mocidade:
Seiva, sol, que fortalece
A idade.

Porque choras, Portugal?
- Prenderam o meu futoro:
Jamais terei ideal!
Mais Puro.


António Manuel Couto Viana

Meu tio, quando meu irmão com 15 anos, foi preso por ser Sebastianista, como eu.