27 fevereiro 2007

E agora o Irão...


Depois de algum tempo de ausência, trago à discussão na Gazeta um assunto de alguma preocupação. O Irão anunciou no último Domingo que não irá abandonar o seu programa nuclear. Fê-lo no mesmo dia em que anunciou ter lançado com êxito um foguetão com fins científicos , capaz de se erguer a 150km de altitude antes de regressar à Terra.

Simultaneamente reúnem-se em Londres os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU em nova tentativa de redigir uma resolução sobre o Irão.
As sanções aprovadas no fim de 2006- interdição de transferencia de tecnologias e congelamento de bens de pessoas e empresas- estão a conseguir resultados, segundo os norte-americanos, que por isso defendem a manutenção da pressão.
No Domingo também, o jornal britânico The Sunday Times, noticia que alguns dos mais destacados comandantes militares dos E.U. A. estão determinados a demitirem-se dos seus cargos se o Presidente George Bush ordenar um ataque militar ao Irão, por considerarem que não têm capacidade militar para enfrentar o Irão de forma significativa.
O cenário é preocupante. Por um lado, verifica-se um crescente sentimento de insegurança no Médio Oriente, por outro, a inabilidade de resposta da comunidade internacional.
O Afeganistão continua a ser um problema por resolver, o Iraque, como era previsivel, não tem solução na actual conjuntura, o Irão por seu lado, revela-se temerário.

Há muito tempo que o governo norte-americano vem dando sinais de querer interferir no Irão. Já passaram alguns anos desde que o actual Presidente dos E.U.A. iniciou aquilo que designou como sendo uma cruzada contra o eixo-do-mal. O Irão, desde princípio, ocupa lugar cimeiro neste filão.
Ao contrário do Iraque, sobre quem o Secretário da Defesa Colin Powell jurava em pleno Conselho de Segurança possuir armas de destruição massiva, razão que serviu de pretexto à invasão do país e que até hoje não se encontraram, o Irão mostra ao mundo as suas armas para quem as quiser ver. Não só mostra como brada orgulhosamente um programa nuclear do qual não pretende abdicar.
E agora que fazer?
Depois de gastarem biliões de dólares no Afeganistão e no Iraque, sem resultados visiveis, como pretenderão resolver esta crise os E.U.A? O Irão não é o Iraque, todos sabemos isso e os generais americanos também, razão pela qual ameaçam abandonar os seus postos caso seja dada luz verde a qualquer operação naquele país. Mas então que fazer? Estarão os paises ocidentais na disposição de perder a face perante a arrogância persa? E se não fizerem nada como será o futuro do Médio Oriente?

Infelizmente, o único cenário que prevejo é o pior de todos eles. Um crescendo de tensão que conduzirá inevitavelmente a um conflito bélico entre o mundo Ocidental e o bastião do mundo Chiíta. Este caminho de loucura vem sendo desenhado há bastante tempo, e todos os episódios até agora verificados o tornam cada vez mais real. De um lado e de outro da barricada as posições não cedem. Os mulçulmanos não estão dispostos s fazer mais cedências nem pretendem baixar os braços a não ser pela força das armas. O Irão é o berço orgulhoso da maior e mais forte comunidade mulçulmana do mundo e a sua queda não se faz sem a perda e transformação do mundo que conhecemos. Temo sinceramente, estarmos mais perto do que julgamos daquilo que sabemos inevitável mas que não queremos nem desejámos ver.
Não pretendo ser alarmista mas penso que devemos começar a olhar para este problema com olhos de ver. A instabilidade que se vive entre o Islão e as potencias ocidentais é de um crescendo significativo desde há pelo menos 10 anos . Sadam Hussein era um sunita num país maioritariamente chiíta. O seu desaparecimento seguramente agradou a muitos opositores dentro do próprio país. O Irão é diferente. O Irão dos Ayatolas é um símbolo de mulçulmanos de todo o mundo, desde a Indonésia a Marrocos. A sua sublevação pode significar um inimaginável conflito mundializado.
Estejamos atentos, o Irão é muito diferente...

10 comentários:

Caetana disse...

A tia adora esses géneros bélicos desses paises... com este seu post, meu querido PBH, revisitei imenso o tempo em que fui enviada especial duma ONG super secreta, as montanhas do Afgan, a tia descobriu milhoes de armas de destruição super massiça... Bem... os meninos não estão a ver o que tio Bin cheirava de mal... aquele mofo e aquela humidade provocaram ali o crescimento mais que impossivel de milhões de bactérias capazes de matar a população cosmica! Aparentemente a tia tinha tanto olho como os americnos... pois mais ninguém as viu!

Anónimo disse...

Meu caro PBh, explicame una cosa: ¿por que Estados Unidos tiene que resolver esta crisis? Hasta donde se, fue Estados Unidos el que la creo y ese pais precisamente no brilla como gran solucionador de problemas. Iran no tendria ninguna razon para armarse nuclearmente si Estados Unidos no diera armas de este tipo a Israel, y si no hubiera invadido Irak. Estados Unidos alardea publicamente de que usara sus armas nucleares si su "seguridad" esta en riesgo. Estados Unidos impide que Iran o cualquier otro pais realice experimentos incluso con fines pacificos con tecnologia y recursos nucleares porque asi conserva su status. Estados Unidos ha usado esas armas contra civiles inocentes, y se niega a reducir su armamento.

No es que este a favor de Iran, ese pais esta violando un tratado de Derecho Internacional, que es a las claras discriminatorio y eticamente invalido. Pero lo mas grave es que no es la actitud de Iran la que nos pone en peligro, es la existencia de esas armas.

La poscripcion de uso de energia nuclear deberia ser absoluta.

Cara Caetana, cuenta mas de ese viaje.

Pedro BH disse...

Cara Marcela.

A crise está aí. Se quem a criou foram os E.U.A. , o Irão, a proliferação de armas nucleares ou a fome mundial, isso pouco importa agora.
A teoria da defesa preventiva defendida em tempos pelo governo norte-americano, é hoje uma realidade. Essa politica tem os seus efeitos e são esses efeitos que a mim me preocupam.
A corrida às fontes energéticas, nomeadamente o petróleo e gás natural, já para não falar de outro tipo de minerais e de metais, está a criar um clima de tensão generalizado.
Se recuarmos no tempo e nos servirmos da perspectiva histórica, conseguimos perceber que houve outros momentos na história em que semelhantes corridas conduziram a violentos confrontos entre as potências. A Grande Guerra começou por menos do que isto...
O que mais me preocupa é que hoje existem armas que em 1914 não existiam e a escala da economia e da informação é hoje verdadeiramente global. Para além disso, esta nova paz armada é mascarada pelos radicais de um lado e de outro da barricada como sendo uma guerra santa, ou uma cruzada contra o mal respectivamente.É um conceito ideológico novo na forma de pensar a guerra na época contemporânea, o que seguramente não pode trazer nada de bom.

Anónimo disse...

Despues de caminar anoche hasta mi casa, y en la mañana estar dos horas en la policia para recoger la estupida tarjeta de estudiante, creo que voy a dar mi opinion personal sobre el asunto Iran, asumiendo que estaras por completo en desacuerdo, caro PBH.

Pensado geopolitica y estrategicamente, la actitud del presidente de Iran es acertada. Por favor, mira el mapa:a un lado tiene a los asesinos invasores miembros del Consejo de Seguridad en Irak y Afganistan. Potencias nucleares. En el otro a los terroristas pakistanies. Tambien nucleares. Y al norte unas cuantas republicas ex sovieticas que tienen tanta estabilidad como una hoja en una tormenta y que tambien tienen unas cuantas armas nucleares.O sea, en el lugar de Mahmoud Ahmadinejad, no tendria alternativa: tengo que impedir que me invadan, ergo tengo que disuadir amenazando con algo. Equilibrio. Ahora, tranquilo, que un cohete lanzado al cielo no es un arma nuclear. Es lo que se conoce como "alarde de fuerza", algo imprescindible para fortalezer el sentimiento nacionalista, en circunstancias que es fundamental dada la situacion estrategica de Iran. Pero si estudias un poco mas la crisis te daras cuenta que en realidad es aire. Iran puede tener armas nucleares, oh, claro, como las tiene la India, Pakistan, Israel... y esos tres paises han demostrado poco asco en alardear de ellas. ¿Por que condenar solo a Iran? ¿Porque es musulman? ¿Porque no nos gusta su gobierno? ¿Porque debemos proteger el petroleo? No, PBH, perdoname, pero si condenamos a Iran condenemos a todos, empezando por Francia que ha suspendido por ahora sus experimentos. ¿Por que Francia puede contaminar el agua del Pacifico con fines cientificos e Iran no puede lanzar un cohete? Joder, PBH, no tienes ni idea las asquerosidades que hacen varios paises con la historia de los "fines cientificos".

Mahmoud sabe, como sabemos todos, que si un soldado gringo pone un pie en Iran habra masacre. Los iranies odian a Estados Unidos. Bush es un gorila estupido, pero creo que hasta el tiene sus limites. Si Reagan no se atrevio a invadir Iran, y hablamos de Reagan, y hablamos del Irangate, Bush no lo hara. Lo que pretende es poner a Iran como el gran villano, pero eso PBH no funciona, porque quien le dio todos los elementos fue Estados Unidos. Mahmoud solo ha actualizado algo que Estados Unidos patrocino. Please, basta de hipocresia. Todo este show va por el asunto de la inexistente Guerra contra el terrorismo. Poniendo a Iran como el gran no se que del mal simplemente alimenta una guerra que el Consejo de Seguridad esta creando de la nada. Ok, hay terroristas, eso siempre lo ha habido, pero la existencia de grupos terroristas no justifica la invasion de un pais. Lo siento, pero eso para mi es indiscutible.

El programa nuclear irani es de la decada de los 60's. Luego, hacer tanto show ahora es una idiotez. Meu caro, NO EXISTE UNA CRISIS CON IRAN. Claro que el potencial nuclear lo tienen, tienen la TECNOLOGIA, no ARMAMENTO. Las proyecciones dicen que tal vez lo consiga en el 2015. TAL VEZ. Lo que pasa es que Iran es un pais que afecta a los intereses de los cinco sicopatas del Consejo de Seguridad. Puedo decirte, con total certeza, que Iran no es una "amenaza a la seguridad" de la Comunidad Internacional, si piensas que la comunidad internacional somos TODOS LOS PAISES. Leo todos los dias diarios americanos, y alli Iran es uno de tantos temas internacionales. Claro, violo un tratado, pero con todos los tratados violados da lo mismo.

¿Quieres una verdadera crisis? En Africa tienen una pandemia no solo de VIH, sino de una cepa incurable de tuberculosis. ¿Ayuda? Cero. Y deberia el Consejo de Seguridad ayudar. A fin de cuentas, si se propaga es por esos campamentos de refugiados que ha creado con sus intervenciones para supuestamente salvar vidas. Eso es una crisis que amenaza la paz y la seguridad. ¿Quieres otra? Somalia, Chechenia, RD del Congo, Uganda, Costa de Marfil, Sudan, Haiti... ahí hay conflicto reales, graves, genocidas. ¿Iran? Iran no es nada, es un pais de fanaticos amenazado por otros fanaticos. Pasate un par de semanas leyendo sobre Uganda, eso para mi es una crisis a la paz y seguridad

Pedro BH disse...

A Marcela Castro considera que a possibilidade de o Irão de tornar uma potência nuclear não é preocupante. Esquece-se, contudo,que existe uma diferença fundamental entre o Irão e as potências que adjectiva com todo o tipo de juizos de valor. Essas potências são democracias, o Irão é um país governado por um regime totalitário de radicais religiosos.
Não tenho dúvida nenhuma de que a origem do fundamentalismo
religioso está na fome. Fome de alimentos, fome de justiça, fome de paz, fome de segurança.
Infelizmente nada disso resolve a crise.
Tenho por adquirido que existem conflitos, como é o caso, que não se resolvem de outra forma senão pelo confronto bélico. É triste que assim seja, mas é a realidade do mundo e da política.
A violência entre as democracias e o mundo islâmico é de um crescendo sem precedentes. O caminho traçado não me parece que conduza a lado nenhum a não ser a um grave confronto, não apenas com o Irão enquanto país, mas pior, com o mundo Chiíta.
Tenho uma visão péssimista sobre o assunto, oxalá esteja enganado.
O facto de um país se armar de ogivas nucleares, biológicas, quimicas ou seja o que for, é naturalmente uma ameaça à segurança internacional Marcela. Mais ainda, quando o país que as detém não é um regime regulado por instâncias de direito, mas por meia dúzia de líderes religiosos que ensinam o ódio aos seus cidadãos.

Anónimo disse...

PBH, LAS DEMOCRACIAS NO DECLARAN GUERRAS. Así lo dijo Estados Unidos hacia la decada de los 90's para fomentar los gobiernos democraticos en America. Y mintio. Porque LA DEMOCRACIA NO EXISTE. Lo que hay es algo que simula serlo. Y eso es independiente del pais.LA DEMOCRACIA NO EXISTE. Hablas que Iran no es un pais democratico. ¿Crees que Israel, Pakistan o la India son democraticos? ¿Que China lo es? ¿Que Rusia lo es? ¿Crees que por elegir a alguien son democraticos? ¿Crees que no hay fanaticos en el poder de Estados Unidos o en el de Gran Bretaña? ¿Crees que Iran no se rige por el derecho? No, caro PBH, no caigas en la trampa. Titulares: Iran tiene armas nucleares. En medio de las demas noticias "Estados Unidos negocia con Siria e Iran". ¿negocias acaso con alguien que pone en amenaza la seguridad del planeta?

Y voy a ser muy clara: LA VIOLENCIA ES EL ULTIMO RECURSO DEL INCOMPETENTE.Siempre, SIEMPRE hay salidas pacificas a cualquier conflicto. LA GUERRA Y EL CONFLICTO ARMADO JAMAS RESUELVEN NADA. Lo unico que hace es que muera gente, y ya muere mucha gente por causas estupidas.

Y para mi, CUALQUIER PAIS CON ARMAS NO CONVENCIONALES ES UN PELIGRO. Es mas CUALQUIER ARMA AMENAZA LA SEGURIDAD Y LA PAZ. Cuando puedas explicarme para que demonios necesita Francia armamento nuclear entonces discutamos si Iran debe o no tenerlas.

Anónimo disse...

Disculpa PBH, no quiero darte la impresion que no he tomado en cuenta la situacion de Iran. No es que no la considere una crisis, solo que pienso que hay crisis reales ahora que resolver y no una potencial que se basa en que tal vez usen un arma en un conflicto armado que no esta declarado todavia. Y menos si, como bien dices, trae mas tension a unas relaciones tensas con el Islam.

Anónimo disse...

Gosto muito de Pbh e de Marcela porque não brincam em serviço e tudo que escrevem é admiravel e nos faz pensar e,por mim, estou sempre a aprender. Embora nem sempre comente porque me faltam conhecimentos, apreendo muito bem o que escrevem e identifico-me com eles a maior parte das vezes. A verdade é que ando com o sono muito atrasado porque isto de ler blogues e comentar é demasiado viciante e quando reparo são quase horas de me levantar quando nem me cheguei a deitar...Também acho muita graça à tia Caetana que aligeira as coisas mas é bué de esperta! Para todos as minhas fraternas saudações e...bons sonhos, ou melhor, bons sonos!

Pedro BH disse...

Obrigado EPB pelas suas palavras simpáticas.

Cara Marcela:
Nunca me passou pela cabeça considerar a China, o Paquistão ou o Irão democracias.Não sei onde foi buscar essas ideias.
Mas que a DEMOCRACIA existe, disso não tenho dúvida. Talvez não existe a Democracia ideal da sua cabeça, mas que existem sistemas politicos democráticos,e que são muito diferentes do regime iraniano, isso existem...Tenha paciencia!
Porque é que a França tem armas nucleares? Porque considerou no pós-guerra ser essa a salvaguarda da sua independência e integridade.
Não percebo essa sua raiva toda à crise iraniana!!
Leu bem o que escrevi no meu post???
Que raio de misturas que faz!!!!

Que ideia peregrina é essa de dizer que as Democracias não declaram guerras??
Declaram sim, sempre que necessário, na defesa dos seus interesses e dos seus cidadãos.
A Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha em 39 e muito bem! Ou também acha que não tinham razão??

Anónimo disse...

Tres cosas meu caro PBH:
1.- tu diste la impresion que China era un pais democratico, porque hasta donde se es uno de los cinco miembros del Consejo de Seguridad que le impone sanciones a Iran. Mira que se me iba a ocurrir a mi, ni que la marihuana me hiciera delirar tanto :) Ya me parecia raro que pensaras eso, pense que estabas afiebrado de nuevo. Y no hablemos de adjetivos... No tienes idea de los adjetivos que les pondria a la gentuza que gobierna esos paises. Ya te dije, estudia dos semanas Uganda o Somalia o Haiti y luego hablamos de los adjetivos.
2.- las democracias... No fue idea mia (PBH, ¿te he mencionado mi anarquismo?): lee los documentos de las Cumbres de las Americas. Fue lo que dijo Bill Clinton. Y para tu informacion el mismo Bush lo dijo el 2006 en Freedom House para enfatizar la necesidad que los palestinos tuvieran un gobierno democratico. ¿Puedes creer tamaña hipocresia? Estados Unidos le niega el derecho a Palestina a ser un Estado soberano, pero le exige un gobierno democratico y cuando el pueblo ejerce lo que define Bush como democracia se lo invalidan porque no les gusta a los europeos y a los gringos. Meu caro, yo no tengo una idea de lo que es la democracia y dejame decirte que America Latina no la tiene. La verdad es que cada vez mas americanos pensamos que el unico sistema de gobierno que este planeta a conocido y conocera es LA PLUTOCRACIA. Saca tus conclusiones
3.- Eres idealista, ya te lo dije antes. Como dice Cole Porter en Under my skin WAKE UP TO REALITY!!! ¿crees que Iran es le unico pais musulman con tecnologia nuclear? Personalmente tengo serias sospechas con Indonesia, y creo que sabras que ese pais si son fanaticos. La revuelta de las caricaturas surgio ahi. La diferencia es que Iran es autosuficiente. Tiene uranio en Natanz y agua en Arak. Eso es lo que quieren controlar los cinco sicopatas del Consejo de Seguridad. No les importa ni la seguridad de Portugal ni la de Chile. Eso te lo doy firmado.

Meu caro, no voy a discutir sobre la ilicitud o licitud de la guerra del 39 o de cualquier guerra. Para mi TODAS LAS GUERRAS SON ILICITAS, SIN IMPORTAR QUE RAZON PRETENDA JUSTIFICARLAS. SIEMPRE HAY UNA SOLUCION PACIFICA PARA CUALQUIER CONTROVERSIA.

EPB... Personalmente no tengo idea si tengo razon en lo que digo, me ciño a lo que hacia el gran Hercule Poirot: buscar todos los cabos de la situacion y tener el cuadro mas completo posible. Y resolver mi propia curiosidad. Pero si algun comentario mio puede aportarle algun dato que le sirva para sus propios analisis me alegro de serle util. :)