22 janeiro 2007

O Beijo de Judas...



A notícia que correu os meios de comunicação social deste fim-de-semana sobre a prevista nomeação de Manuel Maria Carrilho para Embaixador de Portugal na UNESCO é, a ser verdade, matéria da mais profunda condenação.
Um homem que perdeu os poucos créditos públicos e políticos que detinha, pela sua própria conduta mesquinha, traiçoeira e menor, que não deixou saudades no único cargo público que ocupou, que foi como ministro da Cultura do Governo Guterres, é agora nomeado representante dos interesses de Portugal junto da agência das Nações Unidas para a Cultura a Ciência e a Educação?
Um homem que prometeu ainda muito recentemente aos lisboetas e que se apresentava a eleições, distribuindo beijos e flores, como o único candidato com um projecto para a Cidade de Lisboa, e que ao fim de um ano se demite do lugar de vereador alegando incompatibilidade de agenda com o cargo de deputado nacional, é o mesmo que vais defender os interesses da Cultura Portuguesa junto da UNESCO?

Será que o lugar de deputado nacional é compatível com a agenda de Embaixador em Paris?
Este homem não tem limites à sua ambição que é proporcional à sua falta de vergonha. Sobretudo este senhor não é sério!!
Mas a confirmarem-se as notícias, a culpa não é dele. A culpa é do Sr. Primeiro-Ministro, que ainda o ano passado nomeou como embaixador de Portugal na OCDE, justamente na mesma cidade de Paris, outro ilustre socialista, seu antecessor no cargo, o Dr. Ferro Rodrigues.

Tenha tento Sr. Eng. Sócrates!!

41 comentários:

Ricardo disse...

Viva,

Concordo com a análise com uma pequena nuance: como Ministro da Cultura deixou saudades.

O que irrita é a forma como alguns políticos são premiados quando não têm qualquer tipo de legitimidade popular ou técnica. Nem os compromissos mais básicos - como deputado ou vereador - cumpre e é escolhido para um cargo político importante.

Enfim...

Diogo Ribeiro Santos disse...

O que me parece digno de profunda condenação é este post, pela forma tendenciosa como vem escrito. Parece que Manuel Maria Carrilho e Ferro Rodrigues foram más escolhas... por serem socialistas! Acaso Pedro Roseta se avantaja a Carrilho como ex-Ministro da Cultura e ex-embaixador junto da UNESCO? Será que, como ministro da Cultura, faz pobre figura na galeria de ex-ministros, ex-secretários de Estado e ex-subsecretários de Estado como Pedro Santana Lopes, Maria José Nogueira Pinto, Sousa Lara, José Sasportes, Augusto Santos Silva, Maria João Bustorff, entre outros? O facto - absolutamente condenável, é certo - de renunciar ao cargo de vereador pretextando uma qualquer incompatibilidade, seguindo-se a aceitação de outro, faz de Manuel Maria Carrilho pior ministro da Cultura?
Porventura Ferro Rodrigues está a ser mau embaixador?
O PBH conseguiu fazer-me intervir em defesa de Carrilho e de Ferro Rodrigues - o que eu não julgava ser possível. Que desconchavo de post.
Tenha tento, Sr. Dr. PBH!!!

Anónimo disse...

Já percebemos! Concerteza que em vez do Carrilho preferia a Duquesa El D. Duarte..

Consciência Critica disse...

Eu chamei a isto as falsas verdades, num post que fiz há uns dias. Este gajo não têm um pingo de decência, e o mais grave é que já tinha tudo combinado com o PS, mesmo antes de ser eleito. Os políticos julgam que podem enganar o pessoal à descarada e sair impunes... o pior é que saem... e vão para Paris em cargos altamente remunerados

Pedro BH disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro BH disse...

A mim o Dr. Carrilho não me deixa saudades de espécie nenhuma, nem compreendo como pode deixar saudades um homem a quem não se reconhece legitimidade técnica e ao qual se reconhece a falta perante os seus compromissos mais básicos, mas o Ricardo lá saberá..

Ao contrário do Dardo do Reino,que não há pontaria que lhe valha, parece que a minha não está tão deslocada assim. Afinal conseguiu acertar em cheio na aorta do DRS ao ponto de o ver defender de capa e espada a sua mais interínseca veia socialista, promovendo duelos em nome do Dr. Carrilho e do Dr. Ferro.
Ficam-lhe bem esses sentimentos de camaradagem, no entanto a minha crítica à sua nomeação não é pelo facto de os ditos serem socialistas, mas sim pelo facto de serem maus!
Não me interessa comparar o Dr. Carrilho com ninguém, seja como ex-ministro, seja como for. Devo dizer-lhe que tenho o Dr. Carrilho na conta do pior que a política partidária tem produzido em Portugal nos últimos anos.
Não me lembro de feitos memoráveis na cultura, como não me lembro de nenhum feito memorável em parte nenhuma por onde esse cavalheiro tenha passado, para além de asneiras, mediocridades, má fé, maldicencia e sobretudo falta de seriedade, tudo promovido por um curioso efeito de mediatização auto-destrutiva.
Em suma, esse senhor não fez nada de memorável por Portugal e isso é razão de sobra para não ser embaixador político dos portugueses em parte nenhuma.
Ser socialista é um defeito menor...

Diogo Ribeiro Santos disse...

Claro que ser socialista é um defeito menor! Defeito maior é ser faccioso e disparatado, não ter o sentido das proporções e gastar tanto latim só porque Manuel Maria Carrilho foi nomeado embaixador de Portugal na UNESCO. Imagino as iracundas catilinárias com que o PBH irá celebrar a passagem de Pedro Roseta pelos lugares de Ministro da Cultura e embaixador de Portugal na UNESCO. Ou será que Pedro Roseta está bem livre dessa, seja por ter legado ao País uma obra notável (como ministro e embaixador), seja por estar isento do "defeito menor"?
Aliás, não é justo comparar o PBH a Cícero. O nosso PBH, que com altaneiro denodo assim castiga os vícios e infâmias da classe política (socialista), lança sombra na fama de Catão, o Censor! É dar-lhes, PBH! Quantos, são? Quantos são? Ninguém cala o silencia o PBH, o Grande Censor das Nomeações Pontifícias e Socráticas! Delenda est Carrilho! Delenda est Ferro Rodrigues! Ah, leão!

Anónimo disse...

Este processo é perfeitamente inacreditável, quer na forma quer sobretudo no conteúdo. É confrangedor constatar como pode isto tudo ser tão mau e condenável. É um exemplo de desprestígio e desrespeito pelas funções públicas, quer da parte do senhor prof. Carrilho quer de quem o nomeou. Só espero que ao ocupar o lugar de embaixador de Portugal na UNESCO, ao substituir José Duarte Ramalho Ortigão (ainda para mais só daqui a um ano, não poderia ter tido o senhor um pinguito mais de vergonha e ter gerido esta sucessão de acontecimentos de outra forma?), abandone e renuncie ao mandato de deputado no Parlamento. É naturalmente uma decisão que cabe ao próprio, uma vez que à partida não existe qualquer incompatibilidade formal. Mas dada a recorrente postura pública do senhor em questão temo que insista na presença em S.Bento (apesar de registar com agrado, como aliás o próprio frisou que não tem o dom da ubiquidade...). Mal menor, não faz parte da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, se bem que esta é presidida pelo sr. deputado António José Seguro...Isto está entregue à bicharada, perdoem-me a expressão popular, mas em bom vernáculo não consigo imagem mais próxima.
Recordo-me da postura de José Pacheco Pereira, que pode ter muitos defeitos, mas recusou assumir o mesmíssimo cargo, para o qual havia sido nomeado ainda com Durão Barroso, quando Santana Lopes chegou a 1º ministro. Independentemente das figuras envolvidas é de registar o gesto, a acção praticada, o abdicar do cargo, pois em consciência não se identificava com o novo 1º ministro.
Como disse o PBH o ser socialista é um defeito menor face a outras características e comportamentos. Ser socialista é obviamente um direito democrático que lhe assiste. Abandonar a vida pública é um dever democrático que se lhe impõe. Nem vale a pena lembrar a polémica na altura do "Porto 2001", que levou ao afastamento do comissário Artur Santos Silva, entrou outras trapalhadas que quem tem boa memória certamente se recorda. Basta um simples enunciar destes acontecimentos mais recentes para chegar à mesma conclusão. Adeus prof. Carrilho, desejo-lhe boa viagem, não deveria ser para Paris mas para um outro destino onde a sua presença não fosse tão lesiva para o interesse público e para o País. Uma sugestão, que tal juntar-se a Ana Gomes e à embaixada que vai abrir em Plutão?
É por todo este percurso sinuoso
que Portugal, Lisboa, a cultura e a UNESCO não merecem! Eventualmente nem a Universidade Nova...

Anónimo disse...

Vai-te a eles rapaz que um dia quando tiveres a tua Sissi a reinar na pátria, ainda substituis o Carrilho! Mas entretanto vai lendo umas coisas…

"Um fanático é uma pessoa que não pode mudar de opinião e que não muda de assunto."
W.Churchill

Anónimo disse...

Caro ASD, fiquei curioso acerca de que destino sugere ao Prof. Manuel Maria Carrilho... é que quando refere um destino "onde a sua presença não fosse tão lesiva para o interesse público e para o País" só me ocorre o Dubai...

E essa comparação que estabelece com o Sr. Pacheco Pereira, se quiser, há-de explicá-la melhor... porque não vejo no que é que os motivos de renúncia de um se podem assemelhar às eventuais motivações da renúncia, que reclama, de outro.

E aproveitando o recurso às citações, completo com esta: "O fanatismo é a única forma de força de vontade acessível aos fracos."
(Friedrich Nietzsche)

Pedro BH disse...

A comparação com Cícero,é um elogio inesperado, que lhe agradeço.Espero, auxiliando-me no exemplo resistir de forma estóica às investidas que me são ferozmente impostas por defender o Bem Público e exortar as virtudes da Res-pública.
Ninguém me calará de denunciar as más nomeações para cargos públicos de gente sem o menor valor e crédito público ou politico. Sobre isso caro DRS não tenha dúvidas, mesmo que isso me custe, tal como a Marco Túlio, as mãos e a língua expostas nas escadas do Senado.
O DRS anda, por estes dias, muito partidário, não compreendendo que me estou nas tintas para se o Dr. Carrilho é socialista, democrata-cristão, ou simplesmente parvo!
Se a sua ideia é levar esta discussão, à laia do Dr. Carrilho,para o campo das discussões politico-partidárias, está equivocado, porque não o seguirei.
A sua nomeação, a acontecer, é da exclusiva responsabilidade do Primeiro-ministro que dessa forma expressa publicamente não só o apoio ao nomeado, como a sua confiança política na escolha.
É condenável e não prestigia o país nem o governo.

O Dardo do Reino revela-se um caso estranho de inabilidade assertiva.
Além de falhar sempre o alvo, tenta disparar ao lado na esperança de desviar as atenções da sua total incoerência.
Fanático, na expressão de Wiston Churchil, é o seu discurso, porque além de não mudar de opinião tem uma verdadeira fixação pela Sissi e pelo Duque de Bragança.
Seja qual for o assunto em discussão, o remédio proposto é sempre o mesmo, a Sissi...Que raio!
Já leu o que eu lhe recomendei há uns meses? Ou ainda anda a ver as revistas cor-de-rosa de há um século?

Diogo Ribeiro Santos disse...

Longe de mim querer desviar o meu caro PBH da patriótica missão de apontar ao vulgo as chagas sociais, qual Catão dos tempos modernos. É curioso que esta comparação não o tenha envaidecido; prefere emular-se ao Arpinate, que teve a língua cortada não por ser, a par de Demóstenes, o maior orador da Antiguidade e sim por ter sido um incorrigível má-língua ao longo da vida.
Já agora, por má-língua e por caturreira, gostava apenas de trazer à colação que o Dr. Carrilho, de quem não acodem ao meu bom amigo PBH «[...] feitos memoráveis na cultura, como não me lembro de nenhum feito memorável em parte nenhuma por onde esse cavalheiro tenha passado, para além de asneiras, mediocridades, má fé, maldicencia e sobretudo falta de seriedade, tudo promovido por um curioso efeito de mediatização auto-destrutiva» (sic) é o inimputável a quem devemos a paragem na construção da barragem de Foz Côa. Será que o PBH leva este feito à conta das asneiras e mediocridades que imputa ao Dr. Carrilho?

Anónimo disse...

Começo pelo fim pois não consigo compreender a referência que fazes (RM) ao fanatismo. Falha minha certamente...apesar de ser leitor do autor que citas e que tão extraordinárias obras concebeu como "Ecce Homo", "Além do Bem e do Mal", "Sobre a verdade e a mentira em sentido extramoral" e a "Origem da Tragédia". Há uma outra citação do autor que o meu caro RM refere que se aplica na íntegra a Carrilho: "Há homens que já nascem póstumos.". Há outras de F.N. que assentam que nem uma luva ao prof. Carrilho; que me diz de "Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder." ou ainda "Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos."

Quanto à referência a Pacheco Pereira, não estando de forma nenhuma a indicá-lo como uma referência da moralidade e da ética, apreciei a atitude, a postura política nas circunstâncias que mencionei. Ao contrário do que sucede com Carrilho. Sendo o cargo em questão o mesmo fiz essa nota. Só isso. Tão simples quanto isso.

Pedro BH disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro BH disse...

A comparação a Catão, deixou-me na dúvida sobre a qual dos dois estóicos se referia o meu amigo DRS, se a Marco Pócio Catão- o Moço, ou ao seu bisavô, do mesmo nome.Fosse qual fosse o varão dessa ilustre casa a que me compara, o elogio é grande. Prefiro contudo Marco Túlio Cícero, que nada fica a dever a Demóstenes na eloquência, e que perdeu a língua, não por ser maldicente, mas por ter combatido tiranos como Marco António, aliás como o próprio Catão- o Moço.
Se foi degolado a mando de Octávio, foi porque se opôs ferozmente à decadência em que tais senadores faziam cair Roma.

Quanto ao facto do Dr. Carrilho ter evitado a construção da dita barragem em Foz-Côa, o que sem dúvida nenhuma é matéria de se louvar, sugiro que se atribua o seu nome a uma das pedras do Parque Natural e Arqueológico do Alto Douro Vinhateiro!

Anónimo disse...

Caro ASD, começou pelo fim e esqueceu-se de chegar ao início... mas adiante.

Relativamente ao Sr. Pacheco Pereira, se era simplesmente isso (aliás também não se estava à espera mais) então não sei para que foi buscar o exemplo, já que ele não serve como tal.

E quanto às referências a Nietsche, agradeço-lhas mas a Wikipédia também está ao meu alcance... e se tivesse procurado com mais atenção encontraria lá esta outra citação que, provavelmente, também não vai compreender, mas olhe, procure fazer um esforço... "O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno."

Anónimo disse...

não pensei voltar aqui mas, em consciência, tenho de secundar a irritação de pbh, embora o comentário de drs colha também o meu apoio no que se refere à partidarização,mas...concordo inteiramente com o que diz de Carrilho. É também a minha opinião do que ele não vale, do que ele não fez e nunca fará porque a vaidade lhe cobre tudo o mais que o pudesse glorificar.Até mesmo Foz Côa que ambos acham louvavel,e lhe atribuem como mérito, para mim e para os de lá, foi e é um fiasco.Mas essa seria outra discussão que daria pano para mangas! Pronto dei a minha opinião
embora não pensasse cá voltar, mas o bichinho da luta é poderoso. Se pbh me permite dir-lhe-ei que se dominar a demagogia, auguro-lhe grande futuro, é culto, instruído, domina bem a escrita, é rápido na visão e na resposta, vê entrelinhas e é acutilante o que certamente lhe dará várias saídas profissionais já que não sei o que faz nem pretendo saber.Mas desejo-lhe tudo de bom e siga em frente com a bandeira ao vento...

Anónimo disse...

A Wikipédia está mas pelos vistos as obras do autor que fez questão de citar não ... Tenho uma boa tradução da Relógio d'Água de "A Origem da Tragédia e Sobre a Verdade e a Mentira em sentido extramoral". Se quiseres da próxima vez que vieres a Lisboa posso emprestar-ta.

Quanto ao JPP nada mais a acrescentar.

Para terminar só dizer que quem estipula o início e o fim do que comento ainda sou eu. Já te cheguei a dizer que o Palácio dos Estaús já não... Claro que sim, pois já.

E já agora a questão do fanatismo ficou por esclarecer ou será inexplicável? Porventura...

Agora sim para terminar outro já agora. Já agora o que dizes do "post" do PBH ou pelo menos do tema em discussão?

Anónimo disse...

Caro ASD, como certamente compreenderá (ou talvez não tão certamente já que se tem revelado um pouco inapto nessa tarefa) não tenho aqui todos os meus pertences dado que, como sabe, estou temporariamente a viver no estrangeiro...

Quanto ao direito que lhe assiste a si de estipular o início e o fim dos seus comentários, é o mesmo que me assiste a mim, como também já lhe disse mas obriga-me a repetir, de comentar apenas o que eu entender comentar. Não sei porque é que lhe molesta tanto que eu me dedique especialmente a comentar os seus comentários, já que é a única pessoa, das que visita este blog, que eu conheço... se já se arrependeu de me ter dado a conhecer o blog e incitado a visitá-lo, olhe... paciência.

Quanto à questão do fanatismo, parece-me que está a precisar de um desenho... mas sabe, o blog não me dá ferramentas para o fazer... Continue a esforçar-se.

Pedro BH disse...

Caro EPB
Muito agradeço as suas palavras de ânimo. Fico também satisfeito que não nos tenha abandonado e que possamos continuar a saber a sua opinião sobre aquilo que aqui se escreve.
Será que teve oportunidade de consultar os arquivos do Blog e ler o que lhe recomendei? Gostava de saber a sua opinião.
Acha-me um demagogo, mas devo assegurar-lhe que não pretendo a conquista do poder político. Gostaria que explicitasse um pouco mais essa sua afirmação para melhor a compreender e aprender com ela. Será pelos meus ataques ao Dr. Salazar ou ao Dr. Carrilho? Fico na dúvida. Seja como for, sobre um e outro, mantenho o que disse.

Caetana disse...

A tia anda numa de louca a mil à hora que nem tem tempo para parar por cá... No entanto... parou imenso e leu mais ainda! Leu umas coisas cheinhas de piada e por isso tem mesmo de dizer umas coisas:
CARO "Dardo do Reino", ou a sua ponta está flácida como as peles de umas tias que a tia conhece ou o menino anda a jogar para negativos! Tente ir à muche da questão: Sissis são as que por cá andam a reinar e se se lembrar dela lembrar-se-á que no final nem as gargantilhas lhe valeram e a rica tia foi pelos ares! Veja se deixa de lado o "dardo" e desembenha a espada que, mesmo que não lhe faça sentido a si, é mais grossa e comprida... fará sentido a outrém! Beijinhos da sua tia que aca que o menino precisa imenso de um puxão de... dardos!

Anónimo disse...

Melhor a minha fixação na Sissi do que a sua no Carrilho!

E já agora em toda a sua verborreia populista e fanática, podia acrescentar também a nomeação de mais um político para outro cargo representante da pátria. O Cravinho é mais do seu agrado? Diga se gosta, porque senão o governo troca-o por outro mais a seu gosto!

Caetana disse...

Querido EPB...
O que o menino não estava à espera é que a tia soubesse imenso que o menino cá ia voltar e assim... como o menino não ensou voltar mas a tia já sabia que cá voltaria., a tia é uma mega génia da lampada e o menino super previsivel!
De resto... Foz Côa... o menino não tem vergonha??? as pinturas de uma vida... não há tia que não as queira em todas as copas das suas maisons!!! é obvio que é um sucesso ao mais alto nivel!
Depois... Páre imediatamente de dizer essas coisas ao meu queridissimo PBH! A tia que é super esperta já percebeu que aquela Catarata do Niagara de elogios eram um mega giga flirt! Isso sim é demagogia... usar retóricas sentimentais para alcançar lugares mais elevados na hierarquia... seja ela qual for... E quanto ao que o PBH faz na vida... não se preocupe: faz, faz tanto, faz imenso, faz de tudo e mais ainda, faz o que tem de ser feito e o que devia ser feito até fazer tudo o que foi sonhado fazer e faz ainda mais que pelo que se sonha poder fazer para que efectivamente seja feito! Beijinhos querido que a tia ficou super cansada agora...

Pedro BH disse...

Caro Dardo do Reino
Há um jogo antigo que costuma resultar bem em casos como o seu. Chama-se "Roleta Russa", conhece?
Exprimente!

Caetana disse...

Querido Dardo... a tia ia-se esquecendo de "apontar" a outra coisa...
Segundo o mesmíssimo querido tio Church,

"um fanático é aquele que redobra o seu empenho quando já se esqueceu do seu objectivo"

Beijinhos querido...

P.S.- A tia pode sempre ajudá-lo a lembrar-se... é que a tia tem substâncias mais puras que as suas!

Anónimo disse...

Bem me parecia que PBH precisava da ajuda de uma Sissi! Mas tenha atenção, é que a original não tinha voz grossa nem alfinetes para segurar a peruca…

Quanto aos jogos. PBH bem pode começar por aqueles mais típicos da genialidade do seu intelecto, nas cartas “o burro” ou então no recreio do infantário, a “cabra cega”!

Tenha tento Sr. qualquer coisa PBH!!

Anónimo disse...

Fanatismo... é-lhe pedido um comentário a uma citação seleccionada pelo meu caro amigo e refugia-se na hipótese de recorrer a uma das artes visuais para melhor transmitir o seu sentido. Não faz sentido, essa é que é essa. Por muito apreciador que seja das boas artes visuais peço-lhe que se esforce mais por apurar a utilização da palavra escrita, pois é a forma por excelência de aqui debatermos os assuntos, ainda que o meu caro RM goste de enveredar por uma especialização em comentários paralelos. Não lhe contesto esse direito como é natural. Mas não posso deixar de o criticar por isso, pois segundo os meus padrões de análise dos temas em debate gosto de atribuir particular relevo às temáticas centrais propostas pelos nossos caros gazeteiros. Se acha mais proveitoso ou mesmo mais divertido fazê-lo da forma com a qual nos tem brindado, são opções...desde de que se mantenham no limite do razoável, do democraticamente aceitável e minimamente educadas e cordiais nada terei a apontar nem sequer questiono o seu direito a expressá-las (nem tão pouco estou arrependido de ter divulgado junto da sua pessoa esta magnífica gazeta. De onde tirou essa ideia?!?!). Eu também não conheço pessoalmente todos os gazeteiros que aqui "postam" e não é por esse simples facto que faço dos meus comentários um espaço de comentário a um determinado comentador e respectivos comentários. Terei agora de ser eu a prôpor o recurso a alguma arte visual (ou mesmo mágica)?
E sobre Carrilho, seu percurso político, sua postura pública e outros aspectos abordados neste "post" nada terá mesmo a dizer?

Anónimo disse...

E nao é que ficou mesmo incomodado... respire fundo; procure manter a calma; nao se exalte; se for mesmo necessário vá à rua apanhar ar ou conte até 20; em último recurso siga até aos 50...

"Tenha tento Sr. qualquer coisa" ASD!

Diogo Ribeiro Santos disse...

Caro EPB,

Não me expliquei bem. Não sou apreciador do Dr. Carrilho e apenas entrei na liça em sua defesa porque achei por demais exagerada e desatremada a crítica do PBH. Mas, se há algo que nunca louvei ou louvarei ao Dr. Carrilho é ter sido o principal instigador dessa decisão irresponsável e altamente lesiva do interesse português que foi o abandono da contrução da barragem para preservar os calhaus de Foz Côa. Com muito gosto seguiria a sugestão do PBH de baptizar um dos pedregulhos com o nome do novel embaixador na UNESCO para depois lhe dar com ela pela cabeça abaixo (a cabeça em causa é a do Dr. Carrilho, claro). Direi mesmo mais: por esse estúpido erro, tão condenável em um país com o grau de dependência energética do exterior como é o nosso, são colectiva e solidariamente responsáveis o Governo do Eng.º Guterres e todos os que se lhe seguiram, por não terem corrigido a decisão.
Espero que o Dr. Carrilho utilize os seus bons ofícios como embaixador para convencer a UNESCO a financiar a remoção da porcaria dos calhaus para outro lado (à semelhança de Abu Simbel), paa podermos começar a utilizar uma barragem que está praicamente concluída e paga!

PSG disse...

Já vi que a discussão está animada e não resisto a fazer um ou outro comentário.

1 - Julgo ser importante que os debates tenham regras e moderação linguística.
2 – Todos têm direito à opinião ou ao disparate, dependendo do ponto de vista.
3 – O respeito e a tolerância pelas opiniões contrárias são essenciais para a livre e democrática convivência.
4 – Pese embora não goste do estilo ou até postura de MMCarrilho, é inegável o mérito do seu trabalho enquanto Ministro da Cultura.
5 – Existe um governo legítimo em Portugal, derivado de uma Assembleia representativa eleita nas últimas eleições legislativas. Governo que em meu entender e no quadro da actual lei, pode nomear em representação do País quem bem entenda para lugares em organizações internacionais.
6 - Considero em certa medida perigoso e até irresponsável, a permanente crítica destrutiva de pessoas ou instituições. Somente encontro na democracia liberal a única solução capaz de expressar a minha liberdade, por isso habituei-me a edificar alternativas e a ser tolerante nas derrotas como nas vitórias.
7 – Foz Côa é património da humanidade, já não é só dos portugueses e muito menos da EDP. Nem tão pouco é desculpa para o nosso concreto problema energético.

Pedro BH disse...

Caro PSG
Concordo com as tuas palavras.
De facto deve haver alguma contenção na crítica às pessoas e instituições num sistema democrático. A democracia liberal é, segundo o meu ponto de vista também, um sistema frágil e onde o respeito pelos adversários, nas vitórias e nas derrotas é de capital importância, sob pena de o sistema se desmembrar e perder todo e qualquer crédito.
Isso não significa porém, que as decisões tomadas por um governo legítimo derivado de uma maioria parlamentar sejam imunes a críticas e a condenações.
A nomeação de M. M. Carrilho para a UNESCO é lamentável, não só porque a pessoa em causa perdeu a credibilidade pública e política, por mérito próprio diga-se, como porque não encontro justificação razoável para a sua nomeação a não ser por razões partidárias e simpatias políticas.
Ora, Portugal e a política portuguesa, têm uma sede urgente de idoneidade, de técnicos qualificados que sirvam o Estado numa prespectiva de serviço público. O país está cansado, e a máquina da administração está esgotada por falta de reformas coerentes, de líderes corajosos e de técnicos empreendedores e qualificados que conduzam o trabalho e as reformas de forma a que elas tenham efeito desejado.
A minha crítica a M. M. Carrilho é a minha indignação perante o continuado exercício do poder público, como se de um poder privado se tratasse.

Quanto a Foz-Côa e ao Parque Arqueológico, caro Drs, faço minhas as palavras do PSG.
Foz-Côa já não é património português, é património da Humanidade. Felizmente e em boa-hora, sob pena dos nossos burocratas de papeleira, submergirem o maior e mais importante conjunto de gravuras rupestres do mundo em nome da carência energética, senão mesmo da carência económica dos seus bolsos.
Não há energia que chegue? Pois façam mais parques eólicos, em vez de arrastarem decisões fundamentais para o nosso futuro energético em cima das secretárias, em nome de OPAs, monopólios e interesses duvidosos.
Onde estão as metas para a produção de energia eólica, ou de outras energias renováveis como o biodiesel, a biomassa ou o hidrogénio?
Entrar por esta discussão levaria provavelmente este Post a atingir o recorde de comentários neste Blog. Mas fica o tema, para discussões futuras...

Anónimo disse...

PSG, estoy de acuerdo contigo en parte y por eso estoy escribiendo esto. No puedo opinar sobre el señor Carrilho porque no tengo ni idea quien es y desconozco la labor realizada en su carrera politica, y la verdad tampoco me interesa. En esa area sere parcial porque conozco a PBH y cuando se apasiona a ese grado tiendo a darle la razon porque generalmente la tiene. Pero mientras leia cada comentario me parecio que lejos de hacer una defensa o una critica a una nominacion, llega algunos momentos a ser ataques (algunos infantiles) sobre posiciones politicas. Y me gusto el hecho que lo apuntaras, porque me parece que es irrelevante la postura politica si lo que se dice o se hace es acertado. Y me parece que PBH apunta a eso en su post: si el nominado es o no la persona adecuada para el cargo a ocupar, para criticar un vicio muy comun en la politica, el que generalmente el designado es un calientaasiento. Creo que ese vicio de las democracias actuales es mas importante como tema que la serie de descalificaciones que se han puesto aqui. Dime PSG, ¿que esperan que haga realmente Carrilho? ¿Creen realmente que vaya a hacer algo de provecho en la UNESCO? Mas bien mi pregunta es, ¿alguien realmente capacitado para ese cargo en la politica portuguesa ha sido nombrado embajador en la UNESCO? De Chile no recuerdo ningun gran politico en ese cargo.

Caetana, descansa, porque extraño mucho tus post cuando no los encuentro.

Anónimo disse...

Fiquei contente por me ter enganado sobre a interpretação que fiz das palavras de DRS. Alguém que, tal como eu, considera que calhaus não servem a economia. Peço já perdão ao PBH antes que me destroce com os seus cultos argumentos.

Pedro BH disse...

Sobre o Parque Arqueológico do Côa terei muito gosto em falar noutra altura, visto isso já nos desviar do assunto principal deste post. Faço mesmo a promessa de escrever um post dedicado ao mais importante Parque de gravuras rupestres do mundo,que muito me orgulho estar em actual território português, apesar de alguns cidadãos do meu país olharem para eles como burro para palácio.

Marcela Castro, a sua expressão de "calientaasiento" é genial e cai ao Dr. Carrilho como uma luva.
vou adoptá-la!

Anónimo disse...

jajajajaja!!!! claro, meu caro PBH, si te sirve para tus argumentos, usala

Anónimo disse...

PSG posso concordar e pautar-me pelas regras que enuncia nos pontos iniciais, embora o termo tolerância não seja do meu total agrado, ainda que entenda o que quer dizer com ele. Simplesmente penso que não tenho de tolerar, pois ligo sempre esse conceito a um favor que temos de fazer, a um esforço suplementar para uma convivência mínima com a diferença. Mas admito mais interpretações do termo e por isso compreendo o que quer transmitir ao utilizá-lo. Os direitos em questão são em democracia algo que é natural e parte integrante do exercício da cidadania e da liberdade de expressão responsável. Não é preciso tolerar basta que cada um exerça responsavelmente a sua liberdade e tenha como linha de fronteira o início da liberdade do outro.

Em relação ao ponto 4 do seu comentário é que não posso concordar nem associar-me completamente a ele, e muito menos adjectivar de inegável o mérito do prof. Carrilho enquanto ministro da cultura. Reconheço a importância da elevação da pasta da cultura a ministério e de esse facto estar associado ao nome de MMCarrilho, mas não lhe reconheço no plano da práxis política nenhuma particular qualidade nem imaculada seriedade, usando os meios do Estado de que dispunha na altura para se autopromover, particularmente conflituoso e egocêntrico, o que só veio a relevar-se danoso para o interesse público. A sua afirmação tão peremptória força-me a reavivar a memória dos leitores com factos que se reportam a essa mesma época: os conflitos com o secretário de estado de então Rui Vieira Nery, com Artur Santos Silva, comissário do "Porto 2001" e António Barreto membro dessa mesma sociedade, as elevadas somas despendidas em imagem, tantas vezes numa linha de promoção da sua própria figura mas sempre em nome dos altos interesses culturais. Nem sequer é preciso realçar o facto da elevação a ministério não ter implicado em nenhum dos anos em que Carrilho foi ministro o atingir do ambicionado 1% do OE para a pasta da cultura, pois em abono da verdade esse facto nunca foi alcançado em Portugal nem noutros países, com excepção de França e só durante um ano com André Malreaux. Nem sequer fazer ressurgir o episódio de uma tal casa de banho na sede do ministério. Nem vale a pena, pois há outros factos mais relevantes e mais graves, como aqueles que já referi, que atestam de forma inequívoca a sua má prestação política e dúvidosa postura pública. Claro que nem toda a gente é 100 % boa nem 100 % má, não me iludo, nem sequer tento iludir ninguém, com maniqueísmos desta ordem. Mas que o balanço não é positivo lá isso não é... Perante tudo isto é natural que levante as mais sérias dúvidas e faça questão de expressar as minhas críticas face a esta nomeação e aos seus intervinientes: Carrilho e o legítimo primeiro-ministro de Portugal, que não é imune a decisões erradas. Embora a legitimidade do voto que ditou a maioria que o apoia no Parlamento, que é incontestável, tenha sido fruto de um processo político esse sim questionável. Mas isto já é outro assunto, aliás já aqui debatido na Gazeta.

Uma coisa Carrilho fez bem, reconhecer a Teresa Gouveia o esforço feito e o desempenho enquanto SEC no governo do Prof. Cavaco, apesar dos meios reduzidos e da importância política da pasta não estar nas prioridades do 1º ministro de então (para quando??). Mas estava nas de Guterres? Só se for no discurso e mesmo assim...

Foi na vigência de Carrilho que a construção da barragem do vale do Côa foi evitada, mas será motivo suficiente para ser inegável que o Património Cultural Português (neste caso da Humanidade também) saiu valorizado? Proteger, conservar e valorizar o Património Cultural não pode ficar por aí, nem de perto nem de longe!

Como disse o PBH isto já daria matéria para outros "postes" e novos comentários. Venham eles.

Agora usar certas funções e o poder de fazer nomeações nesse âmbito, seja nas listas para o PE, seja para administradores da Galp Energia ou da CGD e mais recente esta para embaixador de Portugal na UNESCO, como forma de exilar politicamente alguns indesejáveis ou de premiar amigos políticos, ainda para mais que não oferecem garantias sólidas de mérito e qualidades reconhecidas para as assumir e exercer é que deve ser alvo de condenação em toda a linha. Não só aqui ou noutros blogs obviamente ( e noutros meios e instrumentos ao dispôr dos cidadãos e da sociedade civil), mas sobretudo por uma oposição política que se quer responsável, credível e que não tenha práticas similares quando estiver no exercício do poder.

Anónimo disse...

Quantos comentários está a gerar este post sobre um senhor que, pelos vistos, é tão odiado por estas bandas... já diz o provérbio que "falem bem ou falem mal mas falem de mim"...

Mas a propósito do abandono da CML por parte do Dr. Manuel Maria Carrilho, eu proporia um post acerca do processo sobre os negócios da autarquia com a empresa Bragaparques, que levou à constituição como arguidos o vice-presidente da Câmara e vereador (PSD) Fontão de Carvalho, um director geral de serviços e a vereadora (PSD) Gabriela Seara (fonte Diário de Notícias), e sobre as implicações que isso terá ou deveria ter na processução do actual executivo camarário...

Ser social-democrata é um defeito maior...

Pedro BH disse...

O defeito maior, meu caro RM, não é ser socialista, social-democrata ou democrata-cristão, o defeito maior é ser-se corrupto, agir de má fé, e fazer da vida pública e da administração dos bens públicos um exercício continuado de vaidade, ganância e abuso de poder.
O problema não são os politicos ou os partidos, são as pessoas!

Anónimo disse...

Ah, entao ser socialista já deixou de ser defeito? É que no seu primeiro comentário deste post, há uns dias atrás, ainda era... Alegro-me que tenha mudado de opiniao!

Pedro BH disse...

Ser socialista é um defeito menor...

Anónimo disse...

Caro PBH, concuerdo plenamente con tu penultimo post, pensando no en esta polemica, sino en la que esta en mi pais. Ser socialistas es un defecto menor, lo malo es ser un politico corrupto.