04 dezembro 2006

Festa da Música no CCB

Aqui segue, para aqueles que se interessarem, o endereço on-line de uma petição pública contra o fim da festa da Música no Centro Cultural de Belém.

http://www.petitiononline.com/musica/

5 comentários:

Anónimo disse...

Já assinei!
Sem qualquer tipo de obsessão nem atitude persecutória, mas até quando uma ministra da cultura que manisfesta constantemente ter as prioridades trocadas?

Diogo Ribeiro Santos disse...

Não preferem os meus amigos, ao invés de prantear essa pelintra Festa da Música no CCB, que em boa hora acabou, começar a pensar em um festival musical a sério, que nos coloque no mapa europeu de eventos musicais?
Os tempos da defunta eféride musical no CCB e da Sra. Ministra são semelhantes: passado ou a caminhar para isso.

Anónimo disse...

Ah Ah Ah... o tio PBH está furioso com o tio DRS, Ah Ah Ah... oh meninos... pleaseeeeeeeeee... ouçam a tia e vamos ser amigos! A tia está disposta a organizar imenso uma mega evento musical para os meninos se entreterem e até já delineou algumas tarefas para os meninos! PBH, o menino tem de cá vir a casa buscar as compras que a tia fez porque o menino vai ficar à frente do catering, e o menino DRS, tem de vir buscar a farda que o menino vai ficar a fazer de host à entrada no dia dos pauliteiros de mirandela! como a tia não encontrou nenhum traje super típico, o menino vai de madeirense, é parecido, não acha? A tia é tão engenhosa!
O menino ASD, que está tão pronto que já espalha autógrafos, vai fazer de estrela! o menino tem 36 minutos para aprender o reco-reco! Também cá cpode vor buscá-lo que a tia já o importou! Boa sorte meninos, bom espectáculo e depois contem tudo à tia que a tia vai fazer de um todo para estar em coma na CUF à hora da abertura do Festival!

Anónimo disse...

caetana,¿podrias invitarme a mi tambien?podria cantar canciones de protesta chilenas y algunas de los Jaivas, Congreso y Pato Manns :)

PSG disse...

A festa da música teve para mim o grande mérito de conseguir atrair mais de 50.000 pessoas por edição ao CCB e com um dinamismo ímpar fazer em três dias o que dificilmente se conseguiu fazer num ano de programação musical. O problema é que ao concentrar tudo em três dias, acabou este evento por retirar recursos a inúmeras interpretações artísticas às quais faltou orçamento.

Todavia, também não acredito muito nas propostas ministeriais futuras, porque o sucesso da festa da música assentou a meu ver numa democratização da música sinfónica e numa correcta divulgação da expressão artística. Famílias inteiras deslocaram-se ao CCB porque foram motivadas por uma energia contagiante de assistir a vários espectáculos de excelente qualidade e cada vez que olhavam para o lado viam outras famílias que alegremente assinalavam a sua presença. Estou por isso com alguma expectativa para saber que programação e eventos nos reserva 2007.

Entendo também que falta em Portugal um espírito reformista nesta área. A música sinfónica tem sido pouco divulgada, as várias iniciativas que são feitas vão agregando maior público, mas de uma forma lenta e pesada. Lisboa vai tendo espaços próprios para a divulgação deste estilo musical, mas infelizmente a actividade reduz-se ao CCB, ao S. Carlos, à Gulbenkian e à Culturgest, ou seja, pese embora a qualidade de alguns programas, o seu preço e o número reduzido de lugares apenas permitem que uma pequena minoria os assista. Faço notar contudo, que se não fosse a Antena 2 muitas boas produções só ficariam nos ouvidos dessa mesma minoria, e o trabalho desenvolvido por esta estação tem sido em minha opinião de elevado mérito e fundamental para a divulgação da boa música. Outro bom exemplo foi dado neste verão pelo director do São Carlos, Paolo Pinamonti, que na apresentação da obra "O Ouro do Reno", mandou instalar um ecran gigante e um sistema de som na praça defronte da fachada do teatro, permitindo assim que centenas de pessoas que não obtiveram bilhete pudessem assistir a esta fascinante obra e a uma noite histórica.

Ora, são estas algumas das razões que me fazem interrogar acerca do fim da festa da música, assumindo de antemão não ter todos os elementos que permitam fazer uma análise objectiva e fundamentada da decisão do Ministério da Cultura.
Mas defendo desde há muitos anos a urgência da máxima divulgação da dita música clássica junto dos mais jovens e do público em geral. Esta forma de expressão cultural não se deve ficar só por Lisboa ou Porto, e pelos seus exclusivos espaços. Não invalidando os critérios de qualidade acho fundamental que o resto do país também tenha oportunidade de assistir a diversas produções. Sinto por isso que precisávamos de um conceito mais amplo e popular de divulgação da música sinfónica, e defendo por isso que já é tempo de realizar um festival de verão num parque público de grande dimensão, que evocasse os hinos deste estilo musical e que permitisse assim que milhares de pessoas se pudessem apaixonar pela música eterna.