30 novembro 2006

1º de Dezembro








A evocação do 1º de Dezembro, data comemorativa da independência e da soberania nacional, é uma data importante na memória colectiva dos portugueses, ainda que muitos, hoje em dia, não lhe prestem demasiada atenção.
Foi em 1640 que um grupo de portugueses decidiu pôr termo ao governo estrangeiro de Felipe IV, reconquistando definitivamente a independência do povo português. Esses homens, sob a liderança do então Duque de Bragança D. João, criaram um movimento de unidade que conduziu o país a uma guerra de mais de 30 anos que custou a vida a milhares de portugueses, mas que repôs, apesar dos elevados custos, a dignidade e a soberania nacionais.
Esses conjurados, dignos da nossa homenagem, estão hoje esquecidos, assim como estão esquecidos todos aqueles que morreram nos campos de batalha da guerra da Restauração.
Quero prestar aqui uma singela homenagem a esses homens e mulheres!

Aproveito ainda este "post" para expressar um desejo e prestar mais uma homenagem.

O desejo vai para o Princípe da Beira, D. Afonso de Santa Maria, que ao cumprir 10 anos de idade, entra pela primeira vez no mundo protocolar das comemorações do 1º de Dezembro.
Como herdeiro de D. João IV, desejo que o jovem Príncipe possa sempre,a partir de hoje, cumprir com zelo e dedicação a missão que lhe foi destinada. Desejo que possa crescer como um cidadão exemplar e um arreigado defensor da portugalidade nas suas mais amplas expressões; um democrata e um digno representante dos portugueses.

A homenagem vai para os milhões de vítimas do HIV/SIDA em todo mundo, neste dia que é também, o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA.
A todos eles a minha homenagem e o meu silêncio.

14 comentários:

Anónimo disse...

Um digno representante dos portugueses??? de quem? a propósito de quê? Não tenho nada contra o jovem, mas ele não me representa para coisa alguma!

Anónimo disse...

O 1º de Dezembro é uma data histórica, simbólica e marcante. A vontade de Portugal e dos Portugueses existirem enquanto Estado/Nação!
Os símbolos não se escolhem de 5 em 5 anos. São dados à Nação pelo seu próprio percurso histórico. Assentam na continuidade, na estabilidade, na educação enquanto processo fundamental de transmissão de valores. Com as devidas adaptações e actualizações necessárias à contemporaneidade,a própria monarquia, enquanto forma de regime e sistema político é um processo dinâmico e não estático. Não será necessário citar tantos exemplos disso mesmo pois não? Os republicanos fazem eleições ou referendam a bandeira nacional de 5 em 5 anos?? Não pois não... Aliás, como tenho dito em várias ocasiões todos os portugueses são monárquicos, uns são-o conscientemente e outros inconscientemente, e alguns tão inconscientemente que até se dizem republicanos... Não é assim meu caro RMG?

ASD

Anónimo disse...

Me encanta aprender cosas de la historia de portugal. Ya alguien me habia contado sobre la reconquista, y tambien de por que estaban bajo gobierno español, asi que me encanta leerlo porque me recuerda esa conversacion
Sobre el Princípe da Beira... Uds portugueses opinen, yo solo voy a leerlo.
Sobre VIH he puesto mi opinion no moral en otro post. La moral,repito, me la reservo.Solo quisiera reiterar que existiendo metodos para prevenir el contagio usenlos. Son mas baratos que el tratamiento de dicha enfermedad.

Diogo Ribeiro Santos disse...

Representantes dos portugueses há muitos,desde a Fátima Lopes ao Cristiano Ronaldo, passando pela Maria João Pires, pelo Roberto Leal e pela Mariza e pelo Joe Berardo. Mas, é forçoso não confundir estes nomes, que representam Portugal porque são portugueses e, bem ou mal, dignamente ou não, evocam o nome de Portugal, com o cidadão Aníbal António Cavaco Silva, que foi escolhido pelo sufrágio universal, directo e secreto dos seus concidadãos para representar institucionalmente o País.
Este arrazoado para dizer o seguinte: o Sr. D. Duarte, que aliás merece a minha consideração, por razões a que já aludi, não tem qualquer mandato para me representar. Que represente, se quiser, os monárquicos portugueses.

Diogo Ribeiro Santos disse...

Mas, o dia de hoje não é para recriminações e sim para felicitar a Sereníssima Casa de Bragança, na pessoa do seu Chefe, por, em 1640, nos ter libertado do jugo estrangeiro. As felicitações são sinceras e despidas de ironia; mas, ainda assim, não consinto ao Sr. D. Duarte ou a outro da sua (ilustre e respeitável) parentela, que me governem ou representem sem que eu consinta em tal, de 5 em 5 anos, através do voto. Lamento!

Anónimo disse...

Querida Marcela... a menina tem escrito comments muito piqueninos... que se passa? a menina anda bem? está a ver como a Tiaseria a melhor rainha jamais vista? até ja se está a preocupar imenso com os seus subditos!!! Esse menino que não se atreva a destratar a tia que a tia colapsa-o para um dos pinhas de seu tio Dinico em 3 2 1! E se os meninos se comprometerem a arranjar à tia um 18 de Junho em condições, a tia ainda lhes arranja uns tachinhos na sua corte! A começar nas baxelas e a acabar nos cristais, os meninos podem ficar com tudo! Cao contrário a tia vira uma senhora "bai xelas" (o código meninos) e faz de um todo para boicotar esta coroação!
Beijinhos aos queridos subditos da tia que a tia adora!

Diogo Ribeiro Santos disse...

As "reacções indignadas e politizadas" devem-se à tentativa de atribuir a SAR o Príncipe da Beira funções que lhe são absolutamente estranhas, jogando com a ambiguidade das palavras. Que ele venha a ser um bom cidadão, também sinceramente o desejo. Mais que isso é entrar no mundo dos delírios e sonhos monárquicos, que vem vegetando desde 1910, à míngua de apoio popular.
Que o meu caro PBH não finja que não perceba; qualquer tentativa de golpe de Estado para transformar o Príncipe da Beira em legítimo representante dos portugueses, sem passar pelo referendo, terá a merecida resposta!

Anónimo disse...

PBH, perdon por no saber los nombres exactos de los periodos de la historia portuguesa, es que la verdad no he tenido tiempo para repasarlos, solo recorde que alguien me habia contado esa historia, historia que me conto porque se molesto ya que yo no me referia a sus principes y reyes con el titulo de Dom e infante, y porque yo creia que Enrique el Navegante habia sido rey. Se me olvida siempre lo nacionalistas que pueden ser algunos portugueses.
Caetana, gracias por poner atencion a mis comentarios.

Anónimo disse...

PBH, perdona si no supe explicarme bien. No estaba criticandote, es mi falencia sobre historia de portugal lo que me molesta, porque de verdad a mi me interesa su historia. Yo debi haber buscado la palabra correcta para el periodo, porque es verdad que una cosa es reconquista y otra restauracion, y mi comentario sobre los sentimientos nacionalistas en ningun caso es una critica, porque si pienso que tiene mucho de nacionalismo el defender la historia del propio pais. Por muy deformada que a veces este, la historia patria identifica a un pais de otro, es como su sello de identidad. Esta muy mal que no lo creas asi. A mi me molestaria (como me molesto mucho hoy) que la gente hable de la historia de mi pais sin informarse, y eso que soy poco nacionalista. Como me molesto cuando hablaron de Fidel y lo pusieron al lado de Pinochet, ¿no les aclare la diferencia? Claro, mas en defensa de Fidel que de Pinochet, pero eso es otra cosa.

Para ser un buen historiador hay que ser mas nacionalista que cientifico, porque si no quieres a tu pais lo que escribas va a ser mortalmente aburrido y sin sentido. Y si tu no defiendes tu historia, ¿quien lo va a hacer?

Anónimo disse...

PBH, tras pensarlo con calma, y considerar mis opciones... pues decido discrepar contigo de nuevo. La Historia no es una ciencia. La HISTORIA ES UNA PASION, que nace de la necesidad (u obsesion) de saber que fue lo que realmente ocurrio, para comprender el presente y proyectar el futuro. Obviamente se requieren aplicar metodos cientificos, y usar documentos, eso no esta en ningun caso en discusion; pero cuando se ha escrito historia bajo la idea que es una ciencia pierde la esencia, y la esencia es que estudiamos el comportamiento de seres humanos, y los seres humanos son 5% razon y 95% emociones. De no ser asi, los unicos papelitos dignos de ser documentos serian los oficiales, pero no es asi, las memorias, las cartas, los diarios de vida tambien son documentos. De no ser asi, no podriamos comprender las motivaciones tras las acciones. Y las comprendemos porque son emocionales. Por eso entendemos cuando leemos Hernan Cortes se dirigio a la costa de Mexico y fundo Veracruz, quemando los barcos, porque podemos sentir su ambicion. Y siempre he pensado que la imparcialidad se refiere a no aplicar los criterios actuales a hechos del pasado, y no erigirse como juez, ademas de no dejarse llevar por las propias creencias. Pero soy sumamente parcial cuando se trata de historia, porque tengo obesion por aprender: me encanta aprender, me fascina, soy una persona enferma cronica de curiosidad.
Y sobre el nacionalismo... AY, CHICO POR DIOS, ADORAS A PORTUGAL! No se si relees tus articulos y tus comentarios, pero desde este lado del pc lo que se ve es que eres un profundo nacionalista. Y a este lado del pc considera que eso es genial, ¿o piensas acaso que defender la cultura portuguesa es algo racional? No, es amor al pais. Un amor bien entendido,no esa tontera de sacar la bandera en los partidos de futbol para luego ir a rayar la fachada de la Casa de Fernando Pessoa. Y pienso que los historiadores sentimos mucho amor por el pais. Por algo tratamos de conocerlo lo mas profundamente que podemos. Y sentimos amor por las personas, porque, como djo Herodoto, intentamos evitar que se cometan los mismos errores del pasado.

Un ultima cosa: efectivamente un historidor debe probar sus argumentos, no elucubrar fantasias. Pero Schliemann encontro Troya, un mito durante siglos. Y hubo mucho mito en lo de Pearl Harbor, aunque estaba documentado. Los historiadores tenemos que tener algo de imaginativos, de lo contrario no podriamos "ver" el pasado

Diogo Ribeiro Santos disse...

O PBH escolhe, para ilustrar a diferença entre História e Literatura o romancista da história, vulgo Oliveira Martins. Quem será o fabulista que se segue? O Mário Domingos? Frei Bernardo de Brito?

Diogo Ribeiro Santos disse...

Digo-lhe que para se desculpar da forte asneira de citar Oliveira Martins como referência de correcção histórica não é necessário agravar o Visconde de Correia Botelho (aliás, Camilo Castelo Branco), que não se ufanava de ser historiador profissional.
Mas o próprio Camilo tomará a cargo esclarecer, em linguagem chã e vernácula, o meu caro PBH sobre a matéria; queira o meu amigo servir-se de consultar o panfleto "Notas à Sebenta do Dr. Avelino César Calisto". Leia, leia, que não torna a confundir, a despropósito, historiadores, fabulistas e romancistas...

Anónimo disse...

No he podido leer mucha historia de Portugal, porque la verdad es que es un pais muy desconocido en Chile. El portugues mas famoso, claro despues de Vasco da Gama y Magallanes,es Enrique el Navegante.Antes y despues de el es como si Portugal no tuviera interes para nosotros. Y estando en España tampoco he encontrado muchos.Pero he leido cinco, entre ellos el de Oliveira,que fue el primero que lei. Y la verdad es que son muy curiosos. No se DRS si te interesaria ver algun libro de historia de Chile, para que entiendas un poco mi desconcierto, (puedes descargar de www.memoriachilena.cl): que cantidad de romance tienen sus libros de historia!!! En Chile ponemos "hizo esto, hizo aquello", pero cuando los portugueses hablan del periodo de la Guerra Peninsular ¿puede alguien explicarme porque hay que contar tambien la historia del diamante Braganza? PERDON PBH, PERO NO ME ACUERDO DEL NOMBRE DEL QUE GOBERNABA A NOMBRE DE NAPOLEON EN PORTUGAL,pero si que queria darle el diamante a su esposa,que estaba en Francia. Ok, bonita historia,pero yo buscaba su labor como gobernante, no la historia de su vida. Ese tipo de comentarios, un historiador chileno no los hace, serian cosas escritas por Alberto Blest Gana. Pero llevo cinco libros de historia de portugal y todos tienen ese estilo.
Ahora, quisiera saber que significa "romance" para PBH. Fantasia la entiendo, pero hasta ahora los historiadores portugueses me parecen muy romanticos

Anónimo disse...

Caro, PBH, no voy a entrar en el asunto de la monarquia en Brasil durante la Guerra Peninsular, porque seguro que me lanzarias todos los libros de historia desde Lisboa si te doy mi opinion. Pero aclarame algo: ¿quien era entonces Jean-Andoche Junot? Que yo sepa (y busque el dato) fue "Indicado como Governador Geral de Portugal, foi feito duque de Abrantes (Março de 1808). Diante da ofensiva de Arthur Wellesley (depois duque de Wellington) em Agosto, que bateu as tropas francesas na batalha da Roliça (17 de Agosto) e na batalha do Vimeiro (21 de Agosto), Junot propôs aos ingleses um armistício que lhe permitiu a retirada: a Convenção de Sintra, assinada a 30 de Agosto"

En buen chileno, señor nacionalista, Junot goberno Portugal a nombre de Napoleon. Que le hayan hecho caso es otra historia. Pero asi como Jose Bonaparte fue gobernador de España durante la invasion napoleonica, Junot goberno Portugal en ese mismo periodo. Tu comentario, tan radical sobre el asunto, caro PBH, es digno de un nacionalista. Pero Junot, de manera ilegitima claro, goberno Portugal, y eso es lo que cuenta a un historiador objetivo.

Y PBH, para mi la gran diferencia entre un historiador y un matematico es que el matematico podra probar en muchos casos lo que dice, y los historiadores no, porque la verdad, y se muy objetivo, no podemos probar realmente que lo que escribimos sera efectivamente lo que ocurrio. Claro que necesitamos un metodo, eso nunca va a estar en discusion entre nosotros, ni tampoco el aporte de los documentos. Pero todos los historiadores sienten mucha mas pasion por lo que hacen porque es mucho mas dificil que cualquier otra disciplina que has nombrado. Recuerda que nosotros tenemos que meternos en la piel de quien estudiamos, tratar de ver con sus ojos lo que el pudo ver,como hacia un historiador de Roma que se vestia como senador para saber que se sentia con la tunica, y tratar de no pensar como nosotros,algo que no tienen que hacer los matematicos. Y por eso tenemos mas identificacion con los artistas o con los filosofos, porque pucha que hay que lucharla. Un matematico no pasa ni por la mitad de nuestras penurias.Por eso creo que es muy discutible lo "cientifico" de la historia, pero no quiero discutir contigo sobre eso, porque en realidad no tiene importancia si discrepamos o no.